Júri de Elize Matsunaga é formado por 4 mulheres e 3 homens
O sorteio dos jurados para o julgamento de Elize Matsunaga, acusada pela morte do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em 2012, definiu que quatro mulheres e três homens serão responsáveis por definir o futuro da ré.
Elize é acusada de homicídio doloso triplamente quafificado, por motivo torpe, meio cruel e recursos que dificultaram a defesa da vítima.
Para o Ministério Público, um dos motivos do crime seria a possibilidade de ela ser a beneficiária de um seguro de vida no valor de R$ 600 mil. Na visão do promotor José Carlos Cosenzo, é possível que Elize tenha sido ajudada por uma outra pessoa, o que não ficou provado até agora.
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O crime
O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado.
Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho de 2012. Eles eram casados havia três anos e tinham uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.
De acordo com as investigações, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem.
Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.
Em depoimento, dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha.
No dia 19 de junho, o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri no Fórum da Barra Funda, aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo e decretou a prisão preventiva da acusada.