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Polícia

Líder do PCC que vivia em mansão de luxo no Paraguai é condenado a 11 anos de prisão

De acordo com as investigações da polícia, Marcelo Moreira Prado exercia o comando sobre o setor financeiro da facção criminosa

12 dez 2023 - 14h03
(atualizado às 14h49)
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Marcelo e mansão de luxo onde vivia quando foi preso em 2018, no Paraguai
Marcelo e mansão de luxo onde vivia quando foi preso em 2018, no Paraguai
Foto: Reprodução/SBT News

A Justiça de São Paulo condenou Marcelo Moreira Prado, conhecido pelo vulgo "Sem Querer", e apontado como liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), a 11 anos, 10 meses e 24 dias de reclusão, em regime inicial fechado. A decisão, a qual o Terra teve acesso, é do juiz Thiago Baldani Gomes de Filippo, emitida dia 1º de dezembro. 

Marcelo foi preso em Assunção, no Paraguai, em 18 de julho de 2018, onde vivia em uma mansão de luxo, conforme revelado em reportagem da Ponte Jornalismo à época. No local, a polícia também encontrou grande quantidade em dinheiro, além de motos e carros importados. 

As acusações contra ele envolvem sua participação na organização criminosa, onde ocupava a função de "sintonia final da rua", exercendo o comando sobre o setor financeiro.

As investigações apontam que o acusado, também identificado como líder do PCC, foi responsável por tomar decisões estratégicas e dar ordens para o agrupamento criminoso, mesmo quando estava fisicamente detido na Penitenciária II de Presidente Venceslau.

Além disso, os policiais identificaram que ele atuava na aquisição e pagamento das drogas adquiridas dos grandes fornecedores localizados na América do Sul. 

Durante o período entre janeiro de 2018 e julho de 2019, de acordo com o processo, Marcelo e outros suspeitos teriam ocultado e dissimulado valores superiores a R$ 1 bilhão, provenientes de infrações penais. As movimentações incluíam a utilização de compartimentos secretos em veículos, ocultação em casas-cofre e até a movimentação de valores no sistema bancário, utilizando contas de laranjas e empresas fantasmas.

Além disso, Marcelo e seus comparsas teriam ocultado a propriedade de um veículo e de um ponto comercial na cidade de São Paulo, adquiridos com recursos ilícitos. O Ministério Público defendeu a condenação do acusado, enquanto a defesa alegou a ausência de justa causa e nulidades nos elementos de prova.

O juiz, ao proferir a sentença, destacou que Marcelo não apenas integrava o PCC, mas também era uma de suas mais destacadas lideranças, responsável por coordenar o setor financeiro e tomar decisões estratégicas, inclusive relacionadas à lavagem de dinheiro.

Diante das evidências, ele foi condenado pelos crimes de associação à organização criminosa e lavagem de dinheiro. A pena imposta é de regime inicial fechado, não permitindo a conversão em penas restritivas de direitos. O réu permanecerá preso.

O Terra pediu posicionamento à defesa do acusado, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações. 

Fonte: Redação Terra
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