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Polícia

MA: Pedrinhas tem 2ª tentativa de rebelião em menos de 24 horas

Complexo Penitenciário voltou a ser palco de confusão, nesta quinta, no final da noite; presos já haviam se rebelado e destruído grades de seis celas durante a tarde

17 jan 2014 - 01h28
(atualizado às 01h34)
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Uma nova tentativa de rebelião no final da noite dessa quinta-feira foi registrada em uma das oito unidades prisionais do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. A ação dos presos no Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) –na mesma ala onde, durante a tarde, presos já haviam se rebelado e quebrado as grades de ao menos seis celas, segundo funcionários do presídio.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informou que a “tentativa de motim realizada por presos na CCPJ de Pedrinhas, no mesmo bloco onde houve um tumulto mais cedo, foi controlada”.

Ainda de acordo com a secretaria, policiais militares e agentes da Força Nacional de Segurança fizeram revista nas celas acompanhados da Corregedoria e da Ouvidoria da pasta.

“Os presos que se rebelaram, por estarem insatisfeitos com a presença da Polícia Militar no Complexo de Pedrinhas, integram o grupo que comandou os ataques a ônibus e a delegacias no dia 3 deste mês, em São Luís”, diz a nota. Em um desses ataques, ocorrido na Vila Sarney (periferia da Grande São Luís), a menina Ana Clara de Souza, de seis anos, teve 95% do corpo queimado e morreu, dias depois.

Na rebelião ocorrida à tarde, por volta das 13h30, os presos foram contidos pela Força Nacional e por homens da Tropa de Choque. Apesar de PM afirmar, durante a ação, que se trata de revista de rotina, parentes dos presos relataram som de tiros e de bombas lançadas no interior do complexo. Novo barulho de bomba foi ouvido às 15h30.

Violência no Maranhão
O Estado do Maranhão enfrenta uma crise dentro e fora do sistema carcerário que tem como principal foco o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, 59 detentos foram mortos no presídio somente em 2013, o que revelou uma falta de controle no local.

No dia 3 de janeiro, uma onda de ataques a ônibus em São Luís mobilizou a Polícia Militar nas ruas da capital maranhense e dentro do presídio, já que as investigações apontam que as ordens dos atentados partiram de Pedrinhas.

Nos ataques do dia 3, quatro ônibus foram incendiados e cinco pessoas ficaram feridas, incluindo a menina Ana Clara Santos Sousa, 6 anos, que morreu no hospital alguns dias depois, com 95% do corpo queimado.

A questão dos problemas no sistema prisional maranhense ganhou mais destaque no dia 7 de janeiro, quando o jornal Folha de S. Paulo divulgou um vídeo gravado em dezembro, onde presos celebram as mortes de rivais dentro do complexos. Após essas imagem de presos decapitados serem divulgadas, o governo Roseana Sarney passou a ser pressionado pela Organização das Nações Unidas, pela Anistia Internacional, pelo CNJ e até pela Presidência da República.

No dia 10 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff divulgou pelo Twitter que “acompanha com atenção” a questão de segurança no Maranhão. O Governo Federal passou a oferecer vagas em presídios federais, ao mesmo tempo em que a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) visitou o complexo de Pedrinhas.

No dia 14 de janeiro, um grupo de advogados militantes na defesa dos direitos humanos protocolou na Assembleia Legislativa do Maranhão um pedido de impeachment contra a governadora Roseana Sarney. Segundo o grupo, composto por nove advogados de São Paulo e três do Maranhão, a governadora incorreu em crime de responsabilidade porque não teria tomado providências capazes de impedir a onda de violência que deixou mortos e feridos dentro e fora do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, desde o início do ano.

Em 16 de janeiro, o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), decidiuarquivar o pedido de impeachment após parecer técnico da assessoria jurídica da Casa. O arquivamento do processo foi feito sob a justificativa de que o pedido "é inepto e não tem condições de ser conhecido".

Fonte: Terra
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