Mãe é suspeita de mandar companheiro matar filha por ciúme
Menina de treze anos foi assassinada na Sexta-Feira Santa
Um padrasto confessou ter matado a própria enteada a mando da mãe da menina na cidade de Santa Cruz do Sul, na região central do Rio Grande do Sul. O corpo de Francine Sins Matias da Silva, 13 anos, foi encontrado em um matagal de difícil acesso no último sábado. A identificação do suspeito ocorreu apenas nessa quinta-feira, e acabou levando imediatamente ao nome da mãe da vítima como mandante do crime.
Ronaldo Santos, de 30 anos, confessou o assassinato alegando que a companheira terminaria de pagar as prestações de uma motocicleta caso ele a matasse. Ele deve ser indiciado por feminicídio e por estupro de vulnerável, já que assumiu que também tinha um "envolvimento" com a enteada havia cerca de um ano. Como Francine era menor de 14 anos, o caso é considerado estupro mesmo que houvesse consentimento, o que não foi comprovado.
A mãe da menina, Geni Sins, de 54 anos, foi detida nesta madrugada mas nega participação no crime. Ela chegou a passar mal e foi levada ao hospital, mas o caso não convenceu aos investigadores. O padrasto disse à polícia que ela planejou a morte por ciúmes, já que teria descoberto o envolvimento do companheiro com a filha.
O crime foi cometido ainda na Sexta-Feira Santa, quando Ronaldo tirou a menina de casa com o pretexto de comprar doces para a Páscoa. A família morava no interior da cidade, em um sítio, e o padrasto diz que já havia sido abordado anteriormente pela namorada para executar Francine. Ronaldo, além de companheiro de Geni há oito anos, também era seu sobrinho, e consequentemente primo da vítima.
O corpo foi encontrado abandonado cerca de dois quilômetros distante da propriedade da família. A polícia aguarda o laudo da necropsia e do exame de DNA para confirmar se houve estupro antes do assassinato. Mãe e padrasto já tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça.