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Polícia

Mãe relata que universitária morta por motoboy tinha nojo dele

Julgamento de Sandro Dota começou nesta segunda-feira em São Paulo

16 set 2013 - 14h11
(atualizado às 14h17)
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<p>Motoboy Sandro Dota é acusado de estuprar e matar a cunhada, Bianca Consoli, 19 anos, em 2011</p>
Motoboy Sandro Dota é acusado de estuprar e matar a cunhada, Bianca Consoli, 19 anos, em 2011
Foto: Futura Press

A mãe da universitária Bianca Consoli, Marta Maria Ribeiro Consoli, afirmou nesta segunda-feira que sua filha tinha nojo do cunhado, o motoboy Sandro Dota. Ele está sendo julgado no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo por ter assassinado a jovem de 19 anos em março de 2011. O réu confessou o homicídio por meio de uma carta enviada aos advogados de defesa em agosto deste ano, porém, o Ministério Público tenta provar que, antes de ser asfixiada, a garota foi abusada sexualmente.

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Com um atraso de mais de duas horas para o início dos trabalhos no plenário da zona oeste da capital, a primeira a prestar depoimento foi a mãe da vítima. Marta pediu para que o réu saísse do plenário para que ela falasse. A juíza Fernanda Afonso de Almeida atendeu o pedido da mãe da vítima. "A Bianca sempre dizia que o Sandro não era quem a gente pensava. Dizia que ele falava muito mal de mim e dizia para Bianca que queria morar na minha casa. Ela disse para mim que tinha nojo do Sandro, mas eu não entendia o motivo", afirmou Marta.

O promotor de Justiça Nelson dos Santos Pereira questionou a mãe da vítima sobre uma das amigas de Bianca, que teria confessado a Marta que a universitária era assediada por Sandro com frequência. "Uma amiga da Bianca de escola não me contou que ela estava sendo assediada pelo Sandro, mas depois que ela foi assassinada essa amiga me contou. Contou que a Bianca disse para ela que ele a chamava de gostosa, passava a mão no cabelo", lembrou Marta.

Segundo Marta, essa mesma amiga afirmou que teria sido ameaçada por Sandro, quando o réu já se encontrava no presídio do Tremembé. "No último julgamento ela (amiga de Bianca) me ligou e eu pedi para ela vir depor. Ela disse que não viria porque temia pela vida dela e pela vida da família. Eu disse para ela fazer o que quisesse e ela disse que foi ameaçada e eu perguntei como. Ela disse que uma pessoa a colocou dentro de um carro, deu um celular, e falou diretamente com o Sandro, que disse que se ela fosse depor faria com ela pior do que fez com a Bianca", relatou durante o depoimento.

A mãe de Bianca lembrou ainda um episódio em que ela assistia televisão ao lado da filha e Bianca disse uma frase que chamou muito a atenção da mãe. "Ela ficava muito indignada quando ouvia notícias de mulheres violentadas. Ela disse que se tentassem estuprá-la teriam que matá-la", afirmou.

Chorando muito desde o início de seu depoimento, Marta lembrou do dia do crime, quando pediu para um vizinho tentar reanimar a filha. "Me ajoelhei e pedi para meu vizinho fazer massagem cardíaca para ver se ela voltava à vida. Ele fez massagem, mas ela já estava sem vida. Quando fazia a massagem viu que saiu uma sacola plástica da boca dela”, disse Marta, lembrando que Dota colocou uma sacola plástica na universitária para asfixiá-la.

Após as perguntas da acusação, a defesa preferiu não questionar a mãe da vítima. O depoimento de Marta durou pouco mais de uma hora.

O assassinato

A universitária Bianca Consoli, 19 anos, foi encontrada morta no dia 13 de março de 2011 no bairro de Parque São Rafael, zona leste da capital paulista. O cunhado dela, o motoboy Sandro Dota, foi preso após um exame de DNA revelar que o material genético encontrado sob as unhas da vítima era compatível com o encontrado na calça do suspeito, usada no dia do crime.

Em agosto passado, por meio de uma carta, escrita no presídio de Tremembé (interior de São Paulo), local em que aguarda o julgamento, Dota confessou ter matado a cunhada, mas nega as acusações de estupro contra a jovem.

Fonte: Terra
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