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Polícia

Massacre do Carandiru: júri é formado por 5 mulheres e 2 homens

Dos 26 réus acusados nesta fase, 24 compareceram ao Fórum Criminal da Barra Funda para acompanhar o julgamento

8 abr 2013 - 11h41
(atualizado às 12h40)
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<p>O juiz José Augusto Nardy Marzagão se prepara para iniciar o julgamento dos 26 PMs</p>
O juiz José Augusto Nardy Marzagão se prepara para iniciar o julgamento dos 26 PMs
Foto: Fernando Borges / Terra

Cinco mulheres e dois homens foram sorteados para compor o júri dos 26 policiais militares acusados de participação nos assassinatos de presidiários da Casa de Detenção de São Paulo, em 2 de outubro de 1992, cujo episódio ficou conhecido como o "Massacre do Carandiru". Nesta primeira etapa, serão julgados os policiais que atuaram no primeiro pavimento do pavilhão 9 - palco da tragédia -, onde ocorreram 15 das 111 mortes registradas naquele dia. Inicialmente, foram 28 denunciados, mas dois réus já morreram.

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Dos 26 réus, 24 compareceram para acompanhar o julgamento. Como todos estão em liberdade, a presença deles é facultativa. Previstos para começar às 9h, os trabalhos iniciaram às 11h30 com a leitura das peças do processo pelos jurados. Após cerca de 40 minutos, o júri foi interrompido para o almoço. A previsão é a de que o julgamento dure entre uma e duas semanas, no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste) - durante o período, a segurança no local será reforçada. Em caso de condenação, as penas podem variar entre 12 e 30 anos para cada morte.

Ao todo, 23 testemunhas foram convocadas para depor, sendo 10 de defesa e 13 do Ministério Público, responsável pela acusação. Ainda não é possível saber quantas pessoas, de fato, comparecerão, pois algumas delas não haviam sido localizadas às vésperas do julgamento - e pelo menos uma morreu. 

Entre os convocados estão o então governador Luiz Antônio Fleury Filho; o secretário de Segurança Pública do Estado na ocasião, Pedro Franco de Campos; além dos três juízes corregedores que acompanharam as negociações entre a PM e os detentos durante a rebelião que culminou na tragédia; sobreviventes (então detentos); e o perito criminal aposentado Osvaldo Negrini Neto, responsável pela perícia do local do crime. 

Este será o primeiro de uma série de júris previstos para dar um desfecho ao caso. Isso porque, devido ao grande número de réus - 84 PMs foram acusados de assassinato, mas ao menos cinco já morreram -, a Justiça decidiu realizar os julgamentos em blocos, divididos inicialmente de acordo com as mortes registradas em cada um dos pavimentos do pavilhão 9.  A expectativa é que os julgamentos sejam concluídos até o fim de 2013, sendo que ao menos mais três júris devem ocorrer, em um intervalo de cerca de 45 dias entre um e outro.

Ao todo, 23 testemunhas foram convocadas para depor, sendo 10 de defesa e 13 do Ministério Público, responsável pela acusação. Ainda não é possível saber quantas pessoas, de fato, comparecerão, pois algumas delas não haviam sido localizadas às vésperas do julgamento, e pelo menos uma morreu. Entre os convocados, estão o então governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury Filho; o secretário de Segurança Pública do Estado na ocasião, Pedro Franco de Campos; os três juízes corregedores que acompanharam as negociações entre a PM e os detentos durante a rebelião que culminou na tragédia; sobreviventes (então detentos); e o perito criminal aposentado Osvaldo Negrini Neto, responsável pela perícia do local do crime. 

Passados 20 anos, o único julgado pela participação no caso foi o coronel Ubiratan Guimarães, que coordenava a operação. Condenado inicialmente a 632 anos de prisão, em 2001, ele teve a sentença anulada em 2006, meses antes de ser encontrado morto no apartamento onde vivia. Outros 36 policiais militares também chegaram a ser denunciados por envolvimento no episódio, mas não serão julgados porque o crime de lesão corporal prescreveu.

Mesmo se condenados, os policiais militares não serão presos imediatamente, pois aguardaram pelo julgamento em liberdade e podem recorrer da decisão ainda livres. O júri será presidido pelo juiz José Augusto Nardy Marzagão, da Vara do Júri de Santana.

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Fonte: Terra
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