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Polícia

Médico torturado e morto teria sido atraído por chance de mediar venda de drogas

Polícia afirma que Gabriel Rossi integrava grupo de estelionatários e foi morto após cobrar de suspeita dinheiro obtido em esquema criminoso

9 ago 2023 - 13h14
(atualizado às 15h47)
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Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos
Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, encontrado morto em Dourados (MS), teria sido atraído para uma emboscada, organizada por Bruna Nathalia de Paiva, suspeita de mandar executá-lo. Segundo divulgado pela RedeTV!, a polícia informou que a mulher o enganou, dizendo que um conhecido buscava um fornecedor de drogas na região de fronteira do estado, e precisava de um contato que o médico poderia repassar.

A vítima, suspeita de integrar um esquema de estelionato, foi encontrado morto em uma casa em Dourados, no último dia 3. O corpo estava sobre uma cama, com as mãos e os pés amarrados. Gabriel ainda vestia o jaleco que trajava na última vez em que foi visto, no Hospital da Cassems. 

O médico ficou desaparecido por uma semana, desde 26 de julho, depois de encerrar um dia de trabalho. Sua família registrou o desaparecimento, e a polícia conduziu as buscas.

A Polícia Militar disse que chegou até a localização de Gabriel depois que foi acionada via 190, com a informação de que havia um carro parado em frente à residência desde o dia 26. Foi constatado que o veículo era do médico. Além disso, a denúncia dizia que era possível sentir um forte mau cheiro vindo da casa.

Durante as investigações, a Polícia Civil ouviu amigos e conhecidos de Gabriel, além de ter monitorado o celular da vítima. Em diligências para elucidação do caso, os policiais conseguiram chegar até Bruna e outros três suspeitos, que teriam sido contratados por ela para executar o médico. Todos foram localizados e presos. 

Segundo a Polícia Civil, Bruna teria mandado os comparsas assassinarem o médico depois que ele participou de golpe que rendeu um montante mais alto. As investigações apontam que ela não queria repartir o valor com o médico e estava sendo cobrada por ele. O delegado à frente do caso, Erasmo Cubas, acredita que a dívida era de cerca de R$ 500 mil.

Ainda segundo as investigações, Bruna, que morava em Minas Gerais, alugou dois imóveis em Dourados, para onde foi com os três comparsas pouco antes do desaparecimento do médico. Conforme o delegado informou ao jornal O Globo, os suspeitos receberam, cada um, cerca de R$ 50 mil para executar o profissional da saúde. 

Entre os locais alugados estava o imóvel onde Gabriel foi assassinado. O espaço foi alugado para 15 dias. A outra residência, no entanto, foi reservada para apenas uma noite, entre os dias 26 e 27.

Segundo o jornal, os investigadores acreditam que a suspeita pretendia ficar na cidade por apenas dois dias, por isso teria alugado esse segundo imóvel com reserva para o dia 26 e 27. A ideia, conforme aponta a polícia, era que os homens contratados matassem Gabriel e deixassem o corpo dele no local da morte por mais tempo, propositalmente, até que fosse encontrado.

Os investigadores também concluíram que Bruna não esteve no imóvel em que Gabriel foi morto, apenas estiveram no local os três comparsas que ela contratou para o assassinato. Outra descoberta da polícia é que Gabriel foi torturado e abandonado no imóvel ainda vivo. Antes disso, os suspeitos inseriram um objeto pontiagudo em sua garganta.

Exames necroscópicos apontam que o médico agonizou por pelo menos 48 horas antes de morrer. Os suspeitos teriam achado que ele já havia morrido ao abandonar o local do crime, conforme informações obtidas pelo jornal O Globo.

Fonte: Redação Terra
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