O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, inaugurou na tarde desta segunda-feira o primeiro presídio privado do Brasil, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. O complexo penitenciário é uma parceria entre o Estado e um grupo de empresas que formou a Gestores Prisionais Associados (GPA), em uma Parceria Público-Privada (PPP) e vai custar para Minas Gerais mais de R$ 2 mil mensais, cada presidiário.
Os primeiros presos começaram a chegar ao prédio há duas semanas. Lá eles terão toda a estrutura para ressocialização. Dentro do complexo penitenciário irão trabalhar, estudar e farão cursos profissionalizantes obrigatórios. Eles terão ainda acesso a médicos, psiquiatras, psicólogos, dentistas, terapia ocupacional e assistência jurídica e social.
“O objetivo da pena é colocar o indivíduo novamente na sociedade, então o tempo que ele está afastado poderá estudar e aprender um ofício e quando voltar à sociedade estará preparado”, afirmou o governador de Minas, durante a solenidade.
Anastasia disse ainda que acredita que o modelo vai levar avanço para o setor e garantiu que toda a sociedade será beneficiada. “É algo inédito tenho certeza que vamos conseguir aprimorar o sistema brasileiro. Acredito que a sociedade será beneficiada, durante décadas estamos acostumados com presídios ruins, estamos longe de padrões internacionais bons, mas melhorou bastante. Isso vai aprimorar bastante para o preso que poderá se preparar para sair novamente para a sociedade”, argumentou.
O prédio inaugurado nesta segunda dará 608 novas vagas. Além dele, mais quatro unidades, no mesmo local, estão em fase final de construção e devem ser finalizadas até o fim do ano, gerando um total de 3.040 novas vagas. As obras custaram cerca de R$ 280 milhões para a empresa GPA que venceu a licitação e em troca vai administrar o presídio pelos próximos 27 anos. O modelo é considerado uma boa saída para o Estado que não dispõe de um montante de verba como esta para construir novas unidades e tem um déficit de 10 a 15 mil vagas.
O presídio foi construído em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
O novo complexo penitenciário é uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o governo de Minas Gerais e cinco empresas que, através de licitação, ganharam o direito de construir a nova cadeia e administrá-la durante os próximos 27 anos
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
Para a nova obra, foram gastos cerca de R$ 280 milhões pela Gestores Prisionais Associados (GPA). Em contrapartida, o Estado vai desembolsar, por presidiário, mais de R$ 2 mil mensais
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
Todas as cinco unidades do novo complexo penitenciário terão cerca de 1.240 câmeras, o maior número de equipamentos de monitoramento em quantidade de presos no mundo
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
As portas têm a mesma tecnologia usada nos cofres do Banco do Brasil
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
O novo local tem o intuito de ressocialização dos 3.040 presos, que ficarão nas cinco unidades
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
Todos terão que trabalhar e estudar obrigatoriamente
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
Para isso, foram construídas oito salas de aula, uma biblioteca com vários títulos e autores e, ainda, ensino profissionalizante
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
A área da saúde dentro do complexo também tem seu espaço amplo e moderno
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
São quatro consultórios médicos e um odontológico
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
A cada dois meses, cada preso terá direito a, pelo menos, uma consulta em cada especialidade: jurídica, médica, odontológica, assistência social, psicológica, psiquiátrica e terapia ocupacional
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra
Para ter direito a cumprir a pena no novo complexo penitenciário, um critério de seleção foi feito. O preso tem que passar por uma classificação técnica e estar apto a trabalhar e estudar