MG: operação prende servidores públicos da UFJF por fraudes
Indícios mostram "institucionalização do nepotismo" e fraudes na aprovação de candidatos a concurso público para a Universidade Federal de Juiz de Fora
Na manhã desta terça-feira, a Polícia Federal desencadeou, em Minas Gerais, a Operação Password, pela qual expediu 23 mandados de busca e apreensão e dois de afastamento de função. Os investigados são servidores públicos suspeitos de integrar uma associação criminosa voltada para a prática de fraudes.
De acordo com a PF, os mandados foram cumpridos por 106 policiais federais em Governador Valadares, Juiz de Fora, Belo Horizonte e Brasília (DF). As investigações começaram em maio deste ano e identificaram fraudes praticadas por servidores públicos do comando da Universidade Federal de Juiz de Fora e de secretários da prefeitura de Governador Valadares.
Segundo comunicado da polícia, os suspeitos "encontraram uma forma de institucionalização do nepotismo, tratando a coisa pública como própria, fazendo uso de bens e dinheiro público no interesse particular". Indícios mostram, por exemplo, fraudes para a aprovação de 11 candidatos a concurso público para a UFJF.
Os servidores da universidade responderão pelos crimes de associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e fraudes em certames de interesse público, sujeitos a uma pena até 108 anos de reclusão. Os candidatos responderão pelo crime de fraudes em certames de interesse público e estão sujeitos a uma pena de até 6 anos de reclusão.
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