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Polícia

Militares viram réus em caso de carro alvejado em Guadalupe

Justiça Militar aceitou a denúncia do Ministério Público Militar neste sábado (11) e transformou os 12 militares em réus

11 mai 2019 - 19h31
(atualizado às 19h31)
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A Justiça Militar aceitou neste sábado (11) a denúncia do Ministério Público Militar e transformou em réus 12 militares do Exército no caso do carro alvejado em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro. No episódio, ocorrido em 7 de abril, o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador Luciano Macedo foram mortos.

Um 2º tenente, um 3º sargento, dois cabos e oito soldados vão responder por homicídio qualificado, tentativa qualificada e omissão de socorro. Eles estão presos em uma unidade militar desde o dia do crime. A denúncia foi aceita pela juíza federal substituta da Justiça Militar, Mariana Queiroz Aquino Campos.

Viúva do músico Evaldo Rosa dos Santos, de 51 anos, morto por militares, chega ao IML do Rio de Janeiro (RJ)
Viúva do músico Evaldo Rosa dos Santos, de 51 anos, morto por militares, chega ao IML do Rio de Janeiro (RJ)
Foto: José Lucena / Futura Press

De acordo com o Ministério Público Militar, os militares buscavam autores de um roubo e dispararam contra o carro onde estava Evaldo, um Ford Ka branco. O sogro do músico foi ferido na ação, enquanto sua mulher, seu filho e um amiga que também estavam no veículo não foram atingidos. Já o catador Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo e morreu 11 dias depois no hospital.

Em nota divulgada ontem (10), o Ministério Público Militar afirma que os militares não prestaram socorro imediato às vítimas. "Segundo levantamento realizado pela Polícia Judiciária Militar, naquela tarde de 7 de abril de 2019, considerando o primeiro e o segundo fatos, os denunciados dispararam 257 tiros de fuzil e de pistola. Já com as vítimas não foram encontradas armas ou outros objetos de crime", acrescenta o texto.

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