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Polícia

Moradores da Rocinha fazem protesto por morte de jovem

6 mar 2014 - 21h14
(atualizado às 21h32)
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Moradores da Rocinha jogaram pétalas de rosas e estenderam uma faixa em homenagem a Gleice
Moradores da Rocinha jogaram pétalas de rosas e estenderam uma faixa em homenagem a Gleice
Foto: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil

Moradores da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, fizeram uma manifestação, no final da tarde desta quinta-feira, por causa do assassinato de Francisca Gleiciane Oliveira da Silva, 18 anos, encontrada morta na comunidade, na quarta-feira. 

Eles não se conformam com a morte da jovem Gleiciane e foram às ruas para pedir paz. A maior reivindicação é segurança e políticas públicas voltadas para a comunidade. Em menos de um ano, foram dois estupros seguidos de morte com muita crueldade, além da morte do pedreiro Amarildo e do morador Edilson. Os tiroteios, balas perdidas e assaltos são constantes e a insatisfação com a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local só aumenta.

O protesto teve muita comoção dos manifestantes quando foram atiradas pétalas de rosas de cima da passarela da comunidade. Os cartazes pediam paz e justiça: "Somos 200 mil querendo Paz e Justiça". A oração do Pai Nosso encerrou o fechamento da autoestrada-Lagoa-Barra, e o protesto seguiu pelas ruas da Rocinha. 

Durante o protesto alguns moradores criticaram a presença da UPP e da delegacia na favela, e xingaram o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB). “Pedimos justiça e paz para Rocinha e que Deus possa receber essa jovem e possa oferecer conforto para essa família e para toda a comunidade que está amedrontada com a onda de violência”, diziam os moradores.  

O enterro de Gleice também teve clima de comoção na tarde desta quinta-feira. No cemitério São João Batista, em Botafogo, amigos e familiares disseram que a jovem de 18 anos queria ir ao Nordeste visitar a família e, na volta, arrumar um trabalho para sustentar o filho, de 2 anos.

Gleice foi vítima de abuso sexual antes de ser morta. Ela foi encontrada nua e amarrada dentro do banheiro de um bar na estrada da Gávea, localizado na favela. Gleice estava desaparecida desde a noite de segunda-feira de Carnaval, quando saiu para encontrar um amigo. Os dois iriam à uma casa noturna na Rocinha.

O velório de Gleice foi realizado na manhã desta quinta-feira em uma capela dentro da comunidade. 

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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