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Polícia

Morte de Isabella completa 2 anos com casal Nardoni condenado

29 mar 2010 - 00h33
(atualizado às 00h43)
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A morte de Isabella Nardoni completa dois anos nesta segunda-feira com seu pai e sua madrasta condenados. Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram sentenciados, respectivamente, a 31 anos e um mês e 26 anos e oito meses de prisão pelo juiz Maurício Fossen na madrugada do último sábado no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo.

Comoção popular marca julgamento dos Nardoni:

O casal Nardoni foi apontado como responsável por agredir, asfixiar e jogar a menina do sexto andar do edifício London, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio e morreu mesmo após receber socorro médico. Naquela noite, que ela passava com a família do pai, o casal alegou que uma terceira pessoa havia entrado no apartamento e matado a menina. No entando, a investigação policial apontou que nunca houve mais ninguém no apartamento e que a madrasta teria agredido Isabella em um ataque de ciúmes. Pensando que a filha estivesse morta, Alexandre então a teria jogado pela janela para ocultar o crime.

O caso emocionou o País e movimentou imprensa e opinião pública nacional de forma poucas vezes vista. Após a leitura da sentença, a condenação do casal foi recebida com fogos de artifício do lado de fora do Fórum de Santana, que estava cercado por cerca de 200 pessoas.

Julgamento

O júri popular de Alexandre e Anna Jatobá durou cinco dias, de 22 a 27 de março, quando foi lida a sentença. A pena foi agravada pelo crime ter sido cometido contra menor de 14 anos, triplamente qualificado por meio cruel (asfixia mecânica e sofrimento intenso), utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (surpresa na esganadura e lançamento inconsciente pela janela) e com o objetivo de ocultar crime cometido anteriormente (esganadura e ferimentos praticados anteriormente contra a mesma vítima). Nardoni pegou pena maior por ter matado a própria filha.

A defesa do casal, representada pelo advogado Roberto Podval, afirma que irá recorrer da decisão nesta semana e pedir um novo julgamento com base em uma lei antiga, em vigor na época do crime, que garante automaticamente um novo júri para penas maiores de 20 anos. O casal seguirá cumprindo sua pena nas penitenciárias maculina e feminina de Tremembé (a cerca de 130 km da capital paulista), onde retomará as atividades que fazia antes do julgamento e que incluem trabalho.

Homenagens

Já durante este fim de semana, o túmulo da menina recebeu visitas e homenagens da família e anônimos comovidos pela história trágica de Isabella. Mas é para amanhã, data da morte, que a administração do cemitério Parque dos Pinheiros, em Jaçanã, espera um grande número de pessoas.

A mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, é uma das que deve comparecer ao local. Em entrevista neste fim de semana, ela afirmou que ainda não tem planos para este primeiro momento após a condenação do ex-namorado e de sua mulher, mas que a "justiça foi feita" e que irá "engatar a primerira marcha" para seguir com sua vida convivendo com a saudade da filha.

Fonte: Redação Terra
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