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Polícia

Mortes pela Polícia de São Paulo crescem 78% em 2024, diz instituição

Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que óbitos são resultado da reação dos suspeitos à ação policial

22 out 2024 - 18h11
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SSP-SP afirma que agentes passam por treinamentos e atualizações
SSP-SP afirma que agentes passam por treinamentos e atualizações
Foto: Divulgação/SSP / Estadão

A taxa de pessoas mortas pela polícia de São Paulo cresceu 78% em 2024. O levantamento foi feito pelo Instituto Sou da Paz com base em dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo e divulgado pela Folha.

Os números incluem pessoas mortas por ações da Polícia Civil e da Polícia Militar. De janeiro a agosto deste ano, a taxa de pessoas negras mortas pelas polícias subiu 83% em relação ao mesmo período no ano passado. Já a de pessoas brancas aumentou em 59%.

Entre janeiro e agosto deste ano, 441 pessoas foram mortas por policiais. O número em 2023, no mesmo período, foi de 247 pessoas. Isso representa uma alta de 78%. Deste total, 283 pessoas são negras (soma de pardas e pretas) e 138 são brancas. Outras 20 não tiveram a raça ou cor descrita no documento oficial da polícia. Em 2023, o número era de 154 negros e 87 brancos mortos.

"O que a gente vê é um retorno a uma letalidade policial que tem cor, tem endereço, tem gênero. Não é à toa que, em 2024, o percentual de vítimas negras de letalidade policial em serviço bateu o recorde nos últimos anos", comentou Rafael Rocha, coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz. 

Em nota, a SSP afirmou que os agentes de segurança realizam abordagens com absoluto respeito à Lei. "Desde a formação e ao longo de toda carreira, os policiais paulistas passam por cursos de formação e atualização que contemplam disciplinas de direitos humanos, igualdade social, diversidade de gênero, ações antirracistas, entre outras", disse. 

Na área do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter 6) que abrange Santos e outras 22 cidades da Baixada Santista, o número de mortes saltou de 54 para 109. Para Carolina Ricardo, diretora-executiva do Sou da Paz, o crescimento do número de mortos está associado ao esvaziamento do programa de controle da força pela Polícia Militar. 

"O que temos visto desde 2023, e que tem se agravado em 2024, é uma política de segurança pública que produz mais mortes. Ainda que não tenha havido novas operações como a Escudo e a Verão [ambas na Baixada Santista], a letalidade policial segue crescente no estado, mostrando que todo investimento feito na profissionalização do uso da força entre os anos de 2020 e 2022 foi abandonado", afirmou.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os óbitos são resultado da reação dos suspeitos à ação das polícias e que todos os casos são investigados de forma rigorosa: "Para reduzir a letalidade, a SSP-SP investe continuamente na capacitação do efetivo, aquisição de equipamentos de menor potencial ofesnivo e em políticas públicas". 

Fonte: Redação Terra
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