Motorista de aplicativo que morreu após atentado no Aeroporto de Guarulhos enviou vídeo para esposa: 'Tô na ambulância'
Celso Araújo não resistiu aos ferimentos causado por tiro de fuzil e faleceu no sábado, 9
O motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, enviou um vídeo para sua esposa Simone Novais enquanto estava na ambulância. Ele faleceu no sábado, 9, após levar um tiro de fuzil nas costas, no atentado que matou Antônio Vinicius Lopes Gritzbach na última sexta-feira, 8, no Aeroporto de Guarulhos.
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"Levei um tiro, tô na ambulância", disse rapidamente enquanto era socorrido. Novais deixa três filhos, além da esposa, com quem era casado há mais de 20 anos. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Guarulhos. O corpo foi velado neste domingo, 10, e seu sepultamento ocorrerá na manhã de segunda-feira, 11, no Cemitério Necrópole do Campo Santo, em Guarulhos.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Simone tentou contato com o marido logo após receber o vídeo, mas não conseguiu. Um amigo, que seguiu na ambulância com ela, relatou o que tinha ocorrido. Quando a mulher chegou ao hospital, Celso já estava inconsciente.
Ele perdeu parte do fígado e um rim depois de ter sido atingido com o tiro de fuzil. Segundo Simone, o motorista trabalhava todos os dias de 7h às 22h. O Terminal 2, do Aeroporto de Guarulhos, era o seu ponto preferido para pegar passageiros.
Além de Celso, outras duas pessoas ficaram feridas no atentado que matou o empresário Vinicius Gritzbach: um funcionário do aeroporto e uma mulher de 28 anos. Ambos estão estáveis.
Quem era Vinícius Gritzbach
O empresário Antonio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, nesta sexta-feira, 8. Ele foi executado no Terminal 2, de voos domésticos por volta das 16h10.
Vinícius foi apontado como delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Há relatos de que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela sua morte. Segundo informações do Estadão, Gritzbach fechou um acordo de delação premiada, homologado pela Justiça em abril.
A Polícia Federal determinou a abertura de um inquérito no sábado, 9, para investigar o assassinato do empresário. Em nota, a PF afirmou que a investigação será realizada de "forma integrada" com a Polícia Civil de São Paulo.
"A Polícia Federal instaurou inquérito policial para apurar o homicídio ocorrido nesta sexta-feira no desembarque do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. A investigação será realizada de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo e decorre da função de polícia aeroportuária da instituição", disse.
Sua segurança era feita, de maneira informal, por policiais militares. A Polícia Civil apreendeu os celulares dos agentes e investiga se eles possuem possível envolvimento com o caso. Os PMs foram afastados de suas funções. O aparelho da namorada do empresário, que fugiu do local após os tiros, também foi apreendido.