MP avalia possível violação de medida cautelar de Nego Di
Humorista apareceu em publicação nas redes sociais após ser solto
O Ministério Público do Rio Grande do Sul está analisando uma possível violação de medida cautelar de Nego Di. Após ser solto em liberdade provisória, o humorista apareceu em publicação nas redes sociais das advogadas.
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Caso a violação seja confirmada, ele pode até mesmo voltar para a cadeia. Uma das medidas impostas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao atender o pedido de habeas corpus do ex-BBB era a de não frequentar ou usar redes sociais. Ele também não pode trocar de endereço e deve comparecer em juízo para relatar as atividades.
Na imagem em questão, Nego Di aparece sorrindo em uma pequena confraternização com as advogados Tatiana Borsa e Camila Kersch. Posteriormente, a publicação foi apagada. Ao Terra, o MP-RS informou que "todas as informações e notícias sobre possível violação serão analisadas para que o MPRS tome as medidas cabíveis".
O humorista deixou a Penitenciária Estadual de Canoas, no Rio Grande do Sul, por volta das 20h (horário de Brasília) da última quarta-feira, 27, após 136 dias detido acusado de estelionato.
Ao deixar o local, o humorista passou por jornalistas e falou: “Deus é o maior, só isso que eu tenho a dizer”. Ele apareceu carregando uma sacola e vestindo uma camiseta branca, que foi pendurada na janela do veículo.
Ele havia sido preso no dia 14 de julho, acusado de estelionato, em uma casa de praia em Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC). O ex-BBB e a esposa, Gabriela Sousa, também foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, além de contravenção penal de promoção de loterias na modalidade de rifas digitais.
O Terra entrou em contato com a defesa de Nego Di, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.
Denúncias do MP
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRS apurou que o humorista obteve, por meio de rifas ilícitas, cerca de R$ 2,5 milhões, referentes a mais de 300 mil transferências bancárias.
Na denúncia de estelionato, o órgão diz que o influenciador teria promovido, de forma fraudulenta, a rifa eletrônica de uma Porsche Macan e R$ 150 mil em dinheiro. Ele teria publicado vídeos e utilizado outros meios para induzir as vítimas.
Neste caso, Nego Di ainda teria, de forma deliberada, transferido o veículo para terceiros, adquirido o próprio número sorteado e publicado um vídeo anunciando um vencedor fictício para o prêmio.
O casal também foi denunciado por lavagem de dinheiro, no valor de R$ 2,5 milhões, por atos cometidos entre novembro de 2022 e maio deste ano. Eles teriam, inicialmente, destinado valores de rifas para contas de terceiros e, depois, utilizado a quantia para a aquisição de veículos de luxo, imóveis na Capital, na Serra e no Litoral gaúcho, além de gastos ordinários em benefício próprio.
Por fim, a denúncia de uso de documentos falsos por parte de Nego Di é referente à quando ele publicou um comprovante de uma suposta doação de R$ 1 milhão para uma campanha solidária para ajudar as vítimas da enchente no Rio Grande do Sul. No entanto, a operação verdadeira era de apenas R$ 100.