Script = https://s1.trrsf.com/update-1727184466/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Polícia

MP denuncia policiais civis por receberem R$ 800 mil em propina de traficante

Policiais são suspeitos de receberem indevidamente a quantia para arquivar uma investigação criminal sobre tráfico de drogas

24 set 2024 - 16h00
Compartilhar
Exibir comentários
Denúncia foi feita no âmbito da Operação Face Off, deflagrada para reprimir um esquema envolvendo narcotraficantes internacionais e policiais civis
Denúncia foi feita no âmbito da Operação Face Off, deflagrada para reprimir um esquema envolvendo narcotraficantes internacionais e policiais civis
Foto: Divulgação/MPSP

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou 20 pessoas no âmbito da Operação Face Off, uma ação voltada para combater crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Entre os principais alvos estão Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como “Xixo”, e Valmir Pinheiro, apelidado de “Bolsonaro”, ambos ligados ao Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Eles são suspeitos de terem recebido propina no valor de R$ 800 mil para encerrar uma investigação sobre tráfico de drogas em 2020.

A denúncia foi formalizada nesta sexta-feira, 20, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), vinculado ao MPSP. A Operação Face Off, que teve início em 3 de setembro, buscou desmantelar um esquema que envolvia traficantes internacionais e policiais civis, além de coletar provas para condenar os envolvidos.

Segundo o Ministério Público, os acusados devem ser responsabilizados por crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, usura (cobrança abusiva de juros em empréstimos fora do sistema financeiro) e lavagem de capitais. O MPSP também requer que eles sejam obrigados a reparar danos materiais e morais coletivos, fixados em um valor mínimo de R$ 7,5 milhões.

A operação contou com a participação da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (FICCO/SP), integrada pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria da Segurança Pública, Secretaria da Administração Penitenciária, Secretaria Nacional de Políticas Penais, e o MPSP. Além disso, houve o apoio da Corregedoria da Polícia Civil.

Durante a investigação, a Justiça determinou o sequestro de bens imóveis e veículos, além do bloqueio de valores nas contas bancárias dos denunciados, totalizando mais de R$ 15 milhões. O inquérito revelou crimes anteriores, como tráfico de drogas, e o uso de bens e valores ilícitos. 

Segundo o Estadão, os investigadores encontraram mensagens que detalhavam as negociações com os policiais civil, incluindo a oferta de vantagem indevida e o método de pagamento. Também foram obtidos extratos bancários que comprovam as transferências, realizadas por meio de empresas de confecção, consultoria e locação de veículos. De acordo com o Ministério Público, os repasses foram "amplamente demonstrados".

Os promotores identificaram que Valdenir e Valmir utilizaram tanto pessoas físicas quanto jurídicas, incluindo empresas de fachada, transações imobiliárias, compras de veículos e pagamentos fracionados, para disfarçar os lucros obtidos de forma ilícita.

Até o momento, quatro dos 20 denunciados já estão em prisão provisória. A Operação Face Off recebeu esse nome em referência ao filme norte-americano de 1997, no qual policial e criminoso trocam de identidade.

Terra busca contato com as defesas dos denunciados. O espaço segue aberto para manifestações. 

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade