MT: operação combate fraudes no IBGE e prende 5 pessoas
Cerca de 70 policiais federais e 10 auditores da Controladoria-Geral da União particiam nesta quarta-feira da Operação Dr. Lao em seis municípios de Mato Grosso. Em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), a ação combate uma quadrilha composta por servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Estado, especializada em desviar recursos públicos por meio do uso irregular de Cartões de Pagamento do governo federal. O grupo teria movimentado quase R$ 1,3 milhão entre 2010 e 2013.
De acordo com a PF, cinco pessoas foram presas. Um envolvido que mora em Cuiabá não foi localizado. Durante a operação na residência de um dos investigados, em Rondonópolis, foram apreendidos R$ 156 mil e cerca de US$ 2 mil.
Ao todo, foram expedidos seis mandados de prisão, dois de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento) e 15 de busca e apreensão, nos municípios de Santo Antônio do Leverger, Cáceres, Pontes e Lacerda, Rondonópolis, Cuiabá e Várzea Grande. Além disso, foi decretado o sequestro de bens móveis e imóveis dos suspeitos.
Segundo a investigação, a atuação ocorria por meio de fraude às prestações de contas de recursos, por meio de saques irregulares, recibos inidôneos - de favorecidos que não prestaram o serviço descrito ou estavam mortos -, dados de veículos incompatíveis com a base de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), notas fiscais frias, montagens de prestações de contas de servidores diversos por uma mesma pessoa e falsificação de assinaturas dos servidores responsáveis pela concessão e aprovação dessas prestações. Também foi apurado que sete servidores do IBGE compartilham os mesmos prestadores de serviço (pessoas físicas e jurídicas), supostamente falsos, independentemente da localidade onde estão lotados ou do local onde informam terem feito a despesa.
Os suspeitos responderão pelos crimes de peculato, cuja pena de reclusão varia entre dois e 12 anos, e associação criminosa, com pena de reclusão entre quatro e oito anos. A operação recebeu o nome em referência ao personagem do filme As sete faces do Dr. Lao, no qual um chinês, mestre dos disfarces, interpreta sete personagens diferentes.
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