Mulher morta por PM disse que morreria pela família
Mulher foi morta após uma confusão entre a família dela e a irmã do policial
A mulher que foi morta por um policial militar após uma discussão na madrugada de domingo dizia que mataria e morreria pela família, afirmou um dos cinco filhos em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Jurema Cristiane Silva, 39 anos, se envolveu em uma briga com uma mulher, prima do PM, no conjunto habitacional Jova Rural, zona norte de São Paulo.
Casada há 21 anos, a mulher se formou em Farmácia há duas semanas e tinha uma entrevista de emprego marcada para o dia seguinte, de acordo com a publicação. Jurema também era formada em Direito e cursava a faculdade de Odontologia. O filho afirmou ao jornal que ela sempre cobrava bastante dele e dos irmãos nos estudos. A família mora na Vila Mariana, bairro de classe média, na zona sul de São Paulo.
Além de Jurema, o policial feriu, também a tiros, o irmão dela e a nora, que estava grávida de 6 meses. Gabriela Rocha foi levada ao hospital em estado estável, com um tiro no rosto e outro na barriga. Segundo familiares, médicos fizeram um parto de emergência e o bebê, uma menina, está em observação em uma incubadora.
O motivo da confusão foi uma casa no conjunto habitacional Jova Rural. Há um ano a sobrinha de Jurema recebeu o direito de morar na casa, que de acordo com familiares, havia sido invadida pela irmã do policial. O marido de Jurema disse que chegou a prestar queixas contra o policial diversas vezes, tanto no batalhão quanto na corregedoria da Polícia Militar. O policial militar se entregou à polícia, após cometer o crime.