Mulher suspeita de matar e degolar filho em João Pessoa é baleada ao ser presa; entenda
Crime bárbaro ocorreu na madrugada da sexta-feira, 20, na capital paraibana; menino de 5 anos foi enterrado neste sábado
Uma mulher foi presa em flagrante após matar a facadas e depois degolar o próprio filho de 5 anos em João Pessoa, na Paraíba, na madrugada da sexta-feira, 20. A vítima foi identificada como Miguel Ryan Mendes Alves. A suspeita do crime, Maria Rosália Gonçalves Mendes, foi presa em flagrante, mas reagiu e foi baleada diversas vezes. Ela foi encaminhada ao Hospital de Emergência e Trauma e seu estado de saúde é grave.
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Segundo a TV Tambaú, os vizinhos da mulher acionaram a polícia militar após ouvirem diversos gritos e barulhos vindo do imóvel. Mas ao chegar no local, os policiais já encontraram a criança morta.
A mulher reagiu à prisão, tentando atacar os policiais com facas, e por isso foi baleada. Ela foi levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde segue presa sob custódia, e foi submetida a procedimentos médicos cirúrgicos de emergência. Ela segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave.
Miguel Ryan foi enterrada na manhã deste sábado, 21, em Pedras de Fogo, na Paraíba. Mais cedo, ela foi velada município Itambé, em Pernambuco, cidade onde a família de Miguel mora.
O crime aconteceu no apartamento em que Maria Rosália morava, há pouco mais de 1 mês, no bairro de Mangabeira IV. Miguel não vivia no local, mas sim com os avós maternos. Ele estava na casa da mãe desde quarta-feira para uma visita.
A suspeita do crime teria um histórico de doença mental e já teria dado entrada no Pronto Atendimento de Saúde Mental (PASM), em Mangabeira, e internada no Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira. Após receber alta, Maria Rosália teria ameaçado familiares e se recusado a seguir o tratamento.
Crime Macabro
O crime violento chocou até mesmo os policiais. "A criança estava completamente decapitada, apresentava duas lesões na região do coração... Também tinha um gato agonizando em outro quarto, além de vídeos de rituais satânicos de decapitação na casa. É muito difícil", disse o perito Arthur Isidro.
A família de Miguel ficou sabendo do crime pela televisão e ficaram muito abalados. "Não há palavras para descrever o sentimento que a gente tá sentindo. A gente não tinha tanta proximidade com a criança, mas pelo pouco que convivemos com ele... É de partir o coração [...] Meu irmão saiu daqui totalmente abalado. Estamos chocados. É um fato macabro", disse Iure Alves, tio paterno de Miguel.
Na noite seguinte, vizinhos da suspeita relataram ter ouvido gritos e muito choro do menino. Em certo momento, ele chegou a pedir ajuda. "Mamãe, eu te amo. Socorro, abre a porta", disse uma testemunha ao canal. Alguns moradores foram até o apartamento indagar o que estava acontecendo, mas a mãe de Miguel afirmava que ele apenas não queria tomar um remédio.
Os barulhos pararam, mas na madrugada seguinte, eles retornaram e os vizinhos chamaram a polícia. Ao chegar no local, os agentes encontraram Maria Rosália com a cabeça do filho em seu colo.
A Polícia Civil já realizou perícia no local. Agora, ela terá 10 dias para finalizar o inquérito.
Servidores do Instituto Médico Legal (IML) da Paraíba, que teriam vazado vídeos do corpo da criança, foram identificados e afastados do cargo. Eles serão alvos de um processo administrativo.