Mulheres dopam agentes e facilitam fuga de 27 detentos no MT
Suspeitas promoveram uma festa com os agentes e aproveitaram para facilitar a fuga dos detentos na cidade de Nova Mutum
Duas mulheres entraram na Cadeia Pública de Nova Mutum, uma cidade pequena do interior de Mato Grosso, na madrugada desta quinta-feira (5), deram sonífero a dois agentes prisionais de plantão e facilitaram a fuga de 27 presos pela porta da frente. Elas teriam feito uma festa à fantasia dentro da Cadeia, regada à bebida alcoólica, e seduzido os dois agentes plantonistas.
Até o final da manhã desta quinta-feira, eles ainda estavam dopados, internados no Hospital Municipal de Nova Mutum. “Ainda não acordaram”, confirmou ao Terra a delegada Angelina de Andrade Ferreira Ticianel, que conduz o inquérito do caso.
A delegada Angelina ainda não sabe precisar qual tipo de sonífero foi dado a eles e nem que tipo de festa foi realizada. “Não vi as imagens internas da cadeia. Preciso terminar os procedimentos iniciais primeiro, para poder dar informações mais precisas”, argumentou a delega, que ouviu nesta quinta, em depoimento, três dos presos fugitivos que foram capturados e autuados em flagrante.
A Polícia Militar faz rondas na região, tentando capturar outros detentos. As duas mulheres que promoveram a “festinha” também estão foragidas. Junto com os capturados, a polícia resgatou uma pistola. Quando os presos fugiram levaram todas as armas que estavam à disposição da equipe de plantão.
A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh aguarda mais informações para se pronunciar. O secretário adjunto de Administração Penitenciária, Coronel Clarindo Alves de Castro, e o diretor de Cadeias, Edson Cassimiro, foram de Cuiabá para Nova Mutum, acompanhar o caso de perto.
O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT), Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo, determinou, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), que as forças de segurança do Estado trabalhem em conjunto para o resgate dos fugitivos.
O secretário também determinou que “a Corregedoria acompanhe os fatos e os apure devidamente”.