Desde o início dos protestos de junho do ano passado, a imprensa e as redes sociais mostraram à exaustão cenas de violência nas manifestações, muitas delas envolvendo policiais. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin há tempos reitera que os excessos "estão sendo investigados" e, desde junho, a Corregedoria da Polícia Militar já abriu 21 inquéritos - mas até o momento nenhuma investigação foi concluída e nenhum policial foi punido.
A BBC Brasil pediu os números diretamente à Corregedoria da PM, mas só os conseguiu após protocolar um pedido via Lei de Acesso à Informação, processo que levou duas semanas. A informação é referente ao período de 1º de junho de 2013 a 28 de janeiro de 2014.
Em entrevista à BBC Brasil, o Comandante Geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Benedito Roberto Meira, confirmou que nenhum policial foi punido. Ele disse que os 21 processos envolvem mais que 21 policiais, mas não soube precisar o número exato.
Na entrevista, Meira diz que alguns inquéritos foram concluídos, mas a comunicação oficial enviada pela Corregedoria contradiz o comandante, ao dizer que os 21 inquéritos ainda "estão sendo apurados".
"Não tenha dúvida de que aguardamos decisão (da Justiça Militar, para onde seguirão os inquéritos após conclusão) para iniciar o processo administrativo (de eventual punição para policiais que venha a ser condenados)", disse Meira.
Igor Leone, membro do coletivo Advogados Ativistas, que presta assistência jurídica a manifestantes envolvidos em incidentes nos protestos, disse que o número "causa surpresa, mas surpreende por ser muito pequeno".
"A gente esperava muito mais. Não temos quase nenhuma informação do que ocorre na Corregedoria. Aqui no coletivo Advogados Militantes nunca tivemos notícia de que um policial tenha sofrido punição exemplar por conduta inadequada", disse.
Outro lado
Antes de entrevistar Meira, a BBC Brasil já havia tentado ouvir a Corregedoria sobre as investigações de policiais e os dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação, mas fora informada pelo Comando Geral na última semana de que a PM só se pronunciaria após a publicação da reportagem. Foi pedido então um posicionamento do governador Alckmin. No mesmo dia, a PM ofereceu a entrevista com Meira.
Em um telefonema à BBC Brasil, o coronel da PM que cuidava do caso questionou qual seria o "objetivo real" da reportagem e qual seria sua abordagem. O Comandante Geral da PM rebateu as críticas do Advogados Ativistas durante a entrevista. "Eu também acho muito pouco o número de ativistas que agrediram policiais militares, durante as manifestações, e que até então não foram punidos", disse Meira. O coronel reclamou da fragilidade da legislação brasileira.
Questionado se a Corregedoria conseguiria conduzir investigações independentes sendo subordinada ao Comando da PM, Meira disse que "o tempo mostrou que a Corregedoria é totalmente independente", citando investigações de policiais envolvidos de execuções.
<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/protesto-tarifa/iframe.htm" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/protesto-tarifa/iframe.htm">veja o infográfico</a>
Para os Advogados Ativistas, no entanto, um dos principais obstáculos para protocolar denúncias na corregedoria é a falta de identificação dos policiais, que, muitas vezes, retiram o nome e a patente das fardas, o que configura uma "transgressão disciplinar", de acordo com a própria polícia.
"Muitas vezes vemos um grupo inteiro de policiais sem identificação nas manifestações. Me parece claro que o comandante daquele grupo perceba quando os policiais não estão identificados", diz Leone.
Casos de agressão registrados em boletim de ocorrência na Polícia Civil também são encaminhados à Corregedoria, segundo a PM. Essa informação aumenta ainda mais a "desconfiança" dos ativistas em relação ao número "pequeno" de inquéritos instaurados.
Sobre o tempo de conclusão de uma investigação na Corregedoria, o comandante da PM disse que "o inquérito policial militar, por lei, demora 40 dias de prazo, mais 20 (dias) prorrogáveis". "São 60 dias. Porém, esses prazos podem se exceder, em razão da falta de laudos ou na insistência do encarregado em ouvir determinadas testemunhas", disse.
25 de janeiro - O policiamento foi reforçado na Avenida Paulista em preparação para o protesto reunido sob o lema "Não vai ter Copa"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Policiais militares revistaram barracas no vão livre do Masp, onde diversas pessoas se reuniram durante este sábado, 25 de janeiro
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Representantes de movimentos sociais e entidades estudantis como a Assembleia Nacional de Estudantes - Livre estão entre os manifestantes
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Cartazes e faixas com frases contrárias à realização da Copa e das Olimpíadas no Brasil - principalmente devido aos elevados gastos - foram confeccionados antes da marcha
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Uma comparação avalia os valores gastos no esporte, com os jogos da Copa do Mundo, e na saúde, com o dinheiro investido em cada paciente
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - A PM se postou em linha na frente do theatro e os manifestantes começaram a jogar pedras e outros objetos contra os policiais
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Alguns manifestantes colocaram fogo em um Fusca e também atacaram um carro da Guarda Civil Metropolitana, tentando virar o veículo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Alguns manifestantes colocaram fogo em um Fusca e também atacaram um carro da Guarda Civil Metropolitana, tentando virar o veículo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Manifestantes incendiaram uma lixeira, e o fogo acabou atingindo um Fusca, que ficou totalmente destruído
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Manifestantes destruíram uma viatura da Guarda Municipal
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Durante protesto, entulho na rua foi incediado
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Agências bancárias e concessionárias foram depredadas depois que confusão começo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Agências bancárias e concessionárias foram depredadas depois que confusão começo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Agências bancárias e concessionárias foram depredadas depois que confusão começo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Agências bancárias e concessionárias foram depredadas depois que confusão começo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando as portas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando as portas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando as portas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando as portas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Agências bancárias e concessionárias foram depredadas depois que confusão começo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Por volta das 16h30, foi lido um manifesto para a Polícia Militar, que acompanha o protesto. No manifesto, os representantes afirmam que "o Brasil vai sediar a Copa do Mundo de 2014, mas essa não foi uma vitória para o desenvolvimento brasileiro, e sim uma derrota para os direitos da população"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Após caminharem pela avenida Paulista, parte do grupo desceu a avenida Brigadeiro Luiz Antônio
Foto: Isabel Grego / vc repórter
25 de janeiro - Grupo seguiu em direção à região central da cidade
Foto: Isabel Grego / vc repórter
25 de janeiro - Centenas de manifestantes foram acompanhados pela Polícia Militar
Foto: Isabel Grego / vc repórter
27 de janeiro - O secretário disse que não se pode considerar manifestante quem porta estiletes, explosivos, bolinhas de gude e outros instrumentos que servem para agressão
Foto: Secretaria de Segurança Pública de São Paulo / Divulgação
27 de janeiro - O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, afirmou na tarde desta segunda-feira que a ação dos dois policiais militares que balearam um manifestante no último sábado, na capital paulista, foi legítima e que eles atuaram em legítima defesa
Foto: Secretaria de Segurança Pública de São Paulo / Divulgação
27 de janeiro - Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou imagens de itens apreendidos com manifestantes no protesto de sábado
Foto: Secretaria de Segurança Pública de São Paulo / Divulgação
31 de janeiro - O grupo, formado majoritariamente por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), além de pessoas contrárias a realização da Copa do Mundo no País, se concentrou por volta das 15h em frente ao Theatro Municipa
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
31 de janeiro - Um grupo de cerca de 250 manifestantes fechou o trânsito na rua Libero Badaró, da altura do viaduto do Chá até o Largo São Francisco, no centro de São Paulo, em um ato contra a ação policial nos protestos populares
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
31 de janeiro - Segundo a SSP, eles serão recebidos pelo secretário adjunto da Segurança Pública, Antonio Carlos da Ponte
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
31 de janeiro - Após protestarem em frente ao prédio da secretaria, um grupo de cinco pessoas escolhido para representar os manifestantes foi convidado a entrar no local
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
31 de janeiro - O grupo acusa a polícia de truculência, e criticou a ação policial no protesto do último sábado, quando o manifestante Fabrício Proteus Chaves, 22 anos, acabou sendo baleado por policiais militares
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
31 de janeiro - Após caminharem por ruas do centro da capital paulista, os manifestantes chegaram por volta das 16h na rua Libero Badaró, onde fica a sede da Secretaria de Segurança Pública paulista (SSP-SP)
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
18 de fevereiro - No início da manifestação, de acordo com a polícia, havia cerca de 20 manifestantes
Foto: Dario Oliveira / Futura Press
18 de fevereiro - Manifestantes fecharam a Avenida Paulista reivindicando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para apurar as denúncias de irregularidades envolvendo o Metrô de São Paulo e pedindo melhorias no transporte público
Foto: Dario Oliveira / Futura Press
22 de fevereiro - Manifestantes pedem a estatização da totalidade do ensino e gestão do mesmo por conta de educadores e alunos
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Manifestante encapuzado mobilizado para o protesto em São Paulo contra a Copa do Mundo
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Manifestante reunido para o protesto cobre parte da face
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Manifestantes reunidos na Praça da Liberdade por crítica à Copa e reivindicações sociais
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Cartaz de manifestante pede "mudança radical no sistema"
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Por volta das 18h, cerca de 1,2 mil manifestantes já se encontravam na Praça da Liberdade, na região central de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - PM também tem policiais da chamada "Tropa do Braço" entre manifestantes
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Cerca de 1 mil policiais foram deslocados para acompanhar novo protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Após a ação da PM, o protesto se dispersou, e pequenos grupos de manifestantes passaram a cometer atos de vandalismo em ruas do centro da capital paulista. Estabelecimentos tiveram suas fachadas danificadas
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - O fotógrafo do Terra Bruno Santos foi ferido na perna. Outros dois fotógrafos foram detidos pela PM
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Em meio ao tumulto, os repórteres dos jornais O Globo e Folha de S.Paulo, Sérgio Roxo e Reynaldo Turollo, respectivamente, além de Paulo Pisa, do G1, foram detido
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Policiais usaram bombas para dispersar manifestantes no centro de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - O Terra flagrou pessoas sendo detidas - parte delas por policiais da chamada Tropa do Braço
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Manifestantes ficaram feridos em meio ao tumulto
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Manifestantes e policiais militares entraram em confronto no início da noite deste sábado, em meio ao protesto realizado no centro de São Paulo contra a realização da Copa do Mundo no Brasil
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - PMs cercaram dezenas de manifestantes e os prenderam, na rua Coronel Xavier de Toledo. No local, policiais fizeram um cordão de isolamento e ameaçaram jornalistas que se aproximaram
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Policiais militares cercam e isolam manifestantes detidos durante o protesto em São Paulo
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
22 de fevereiro - Mil policiais acompanharam os pouco mais de mil manifestantes no protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo neste sábado
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
23 de fevereiro - A cidade de São Paulo amanheceu com agências de bancos quebradas, vidros estilhaçados e muitos objetos queimados, reflexos dos estragos causados pelo protesto contra a Copa do Mundo realizado no centro da cidade na noite de sábado
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
23 de fevereiro - Todos as pessoas detidas no protesto de sábado contra a realização da Copa do Mundo no Brasil foram liberadas até a manhã deste domingo, conforme a Secretaria de Segurança Pública. Ao todo, 230 pessoas foram detidas e encaminhadas a distritos policiais da região central e dos Jardins - o maior número desde os protestos de junho do ano passado
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
13 de março - Em novo protesto contra a Copa na capital paulista, PM terá 2,3 mil homens
Foto: Thiago Tufano / Terra
13 de março - O protesto contra a Copa do Mundo marcado para esta quinta-feira em São Paulo já concentra 2,3 mil policiais militares no centro da capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O tenente-coronel Eduardo Almeida, comandante da operação, justificou o grande número de PMs no protesto em função de haver muitos bancos e concessionárias de veículos na região
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O protesto contra a Copa do Mundo marcado para esta quinta-feira em São Paulo já concentra 2,3 mil policiais militares no centro da capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - protesto contra a Copa do Mundo marcado para esta quinta-feira em São Paulo já concentra 2,3 mil policiais militares no centro da capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - De acordo com o major Mário Alves da Silva Filho, 200 agentes são da chamada tropa do braço da PM
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Manifestantes estão sendo revistados antes mesmo da saída da marcha do Largo da Batata
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O protesto tem saída prevista do Largo da Batata, no centro de São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O terceiro ato do ano contra a Copa foi convocado pelo Facebook e, até o início da tarde de hoje, contava com a confirmação de quase 14 mil pessoas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O protesto Não Vai Ter Copa, feito em fevereiro, reuniu aproximadamente 1,5 mil pessoas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O terceiro ato do ano contra a Copa foi convocado pelo Facebook e, até o início da tarde de hoje, contava com a confirmação de quase 14 mil pessoas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O terceiro ato do ano contra a Copa foi convocado pelo Facebook e contava com a confirmação de quase 14 mil pessoas
Foto: Alan Morici / Terra
O terceiro ato do ano contra a Copa foi convocado pelo Facebook e contava com a confirmação de quase 14 mil pessoas
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes foram revistados antes mesmo da saída da marcha do Largo da Batata, no centro de São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes foram revistados antes mesmo da saída da marcha do Largo da Batata, no centro de São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
13 de março - O protesto tem a presença de 2,3 mil policiais militares
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Quando o grupo alcançou a avenida Paulista, a fachada de uma agência do Banco do Brasil, localizada ao lado do Museu de Arte de São Paulo (Masp) foi atingida por black blocs
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Houve correria, e a PM tentou cercar um grupo de manifestantes, sem sucesso
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Cerca de 1,5 mil manifestantes marcharam pela capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Policiais fizeram duas barreiras para manter os manifestantes junto ao vão livre do Masp. Alguns conseguiram correr para uma lanchonete, que começou a ser fechada
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Cerca de 1,5 mil manifestantes marcharam pela capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - PMs fazem cerco para tentar proteger lojas que ficam no local
Foto: Alan Morici / Terra
13 de março - O terceiro ato do ano contra a Copa foi convocado pelo Facebook e, até o início da tarde de hoje, contava com a confirmação de quase 14 mil pessoas
Foto: Alan Morici / Terra
13 de março - Na esquina com a rua Joaquim Antunes, em direção à avenida Paulista, manifestantes com malabares assumiram a linha de frente da marcha
Foto: Alan Morici / Terra
13 de março - O protesto tem a presença de 2,3 mil policiais militares
Foto: Alan Morici / Terra
13 de março - Policiais se protegem atrás de escudo durante manifestação na capital paulista
Foto: Fabrício Bomjardim / vc repórter
13 de março - A PM acompanhou o protesto e orientou o trânsito na região do Largo da Batata
Foto: Fabrício Bomjardim / vc repórter
13 de março - Alunos da USP se inspiram na greve dos garis do Rio de Janeiro para protestar contra a Copa do Mundo no Brasil
Foto: Fabrício Bomjardim / vc repórter
13 de março - Horas antes da manifestação, a Polícia Militar já ocupava o Largo da Batata, na zona oeste da cidade
Foto: Kelly Carmo / vc repórter
27 de março - Manifestantes fazem protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo. Grupo de cerca de 1 mil pessoas se reúne na avenida Paulista. Cerca de 1 mil policiais militares acompanham a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Manifestantes fazem protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo. Grupo de cerca de 1 mil pessoas se reúne na avenida Paulista. Cerca de 1 mil policiais militares acompanham a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Manifestantes fazem protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo. Grupo de cerca de 1 mil pessoas se reúne na avenida Paulista. Cerca de 1 mil policiais militares acompanham a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Manifestantes fazem protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo. Grupo de cerca de 1 mil pessoas se reúne na avenida Paulista. Cerca de 1 mil policiais militares acompanham a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Cerca de mil manifestantes protestam contra a realização da Copa do Mundo em São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - O grupo marcha em direção ao centro de São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - O grupo saiu em marcha pela avenida Paulista no sentido Paraíso por volta das 19h30
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Segundo a Polícia Militar, aproximadamente mil agentes acompanham a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Grupo se reuniu na avenida Paulista, que ficou totalmente bloqueada no sentido Consolação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Cerca de mil manifestantes protestam contra a realização da Copa do Mundo em São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
15 de abril - Cerca de mil manifestantes fazem ato contra Copa do Mundo em São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - O palco da concentração da manifestação foi o Museu de Arte de São Paulo (Masp), localizado na avenida Paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Os manifestantes sairam em direção à avenida Rebouças, de onde seguiram em direção à Marginal Pinheiros
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Apesar da chuva e do frio, em torno de mil pessoas participam do ato
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Manifestante é arrastado por PM em protesto em SP
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Ativistas protestam contra a Copa do Mundo de Futebol
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Cerca de 1 mil pessoas participaram do ato
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - O protesto teve chuva e frio
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - A marcha foi pacífica. No final, contudo, manifestantes apedrejaram agências bancárias
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Houve correria e muitos entraram na estação Butantã, Linha Amarela do Metrô
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - A polícia cercou de 30 a 40 pessoas próximo às catracas, que acabaram detidas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Mas o protesto não foi apenas de raiva
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Mascote da Copa é enforcado na manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - A Polícia Militar prendeu 54 manifestantes ao término do ato contra o Mundial de Futebol
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Cartazes, faixas e camisetas reúnem reclamações dos manifestantes em passeata
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Manifestantes protestam nas ruas da capital paulista
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Grupo partiu da avenida Paulista em direção à estação Butantã, na zona oeste da capital
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Apesar do frio, manifestantes seguiram com a passeata em São Paulo
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Segundo a PM, cerca de 800 homens foram destacados para acompanhar o protesto
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Intitulado 'Se não tiver saúde, não vai ter Copa', o protesto foi organizado pela rede social Facebook
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Um novo protesto contra a realização da Copa do Mundo no Brasil foi marcado para o dia 29 de abril
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Manifestante queima álbum de figurinhas da Copa do Mundo
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Homem protesta com cartaz contra o Mundial de Futebol
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Populares pedem atenção à saúde pública em manifesto
Foto: Kevin David / vc repórter
29 de abril - "Vergonha e hipocrisia! Vem me falar que o ponto negativo foi a morte de três trabalhadores? A vida vale muito mais que evento onde quem lucra é a Fifa. E os hospitais que têm em Itaquera?", questionam os organizadores
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
29 de abril - Cerca de 500 manifestantes, segundo a PM, interditam a rua Tuiuti, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, contra a Copa
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
24 de maio - Cerca de 1 mil manifestantes deixaram a praça da Sé por volta das 17h10
Foto: Janaina Garcia / Terra
24 de maio - Policiais da Tropa de Choque, Cavalaria e outros pelotões acompanham a manifestação
Foto: Janaina Garcia / Terra
24 de maio - Movimentos grevistas de rodoviários e metroviários engrossam o corpo de manifestantes no ato
Foto: Kevin David / Futura Press
24 de maio - Manifestantes protestam contra a Copa do Mundo em SP
Foto: Janaina Garcia / Terra
24 de maio - Manifestantes protestam contra a Copa do Mundo em SP
Foto: Janaina Garcia / Terra
24 de maio - Manifestantes chegaram até a estação Brigadeiro, da linha verde do Metrô de São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Mascarados, manifestantes caminharam em um protesto contra o dinheiro investido na Copa do Mundo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Manifestantes que participaram de um protesto contra a Copa do Mundo manifestaram apoio aos rodoviários e aos professores, que também têm protagonizado atos no Estado
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Com escudos de proteção, grupo mascarado participou de protesto pacífico em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Estabelecimentos de São Paulo fecharam as portas mais cedo por conta do ato contra a Copa do Mundo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Mais de mil manifestantes participaram do ato no centro de São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - "Não vai ter Copa" dizem os manifestantes. Ato mobilizou mais de mil pessoas em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Policiais chegaram a acompanhar o protesto, mas não tiveram que agir no ato, que foi pacífico
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Força policial compareceu ao protesto também em cima de cavalos, mas não tiveram que agir
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Manifestantes passaram pela Catedral da Sé, no centro da capital paulista
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Em um dos dias mais frios do ano, uma mulher agasalhou uma criança, durante o protesto contra a Copa do Mundo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Durante o ato, manifestantes queimaram cartazes, mas não houve violência
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Álbum oficial da Copa do Mundo também foi queimado em protesto
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Manifestantes queimaram o álbum oficial da Copa do Mundo, em protesto contra a Copa
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Apesar do fogo, protesto na Copa do Mundo foi pacífico
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Em uma loja, um coração de rosas participou do cenário onde aconteceu um protesto, contra a Copa do Mundo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Manifestantes protestam contra a Copa do Mundo em SP
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Capa da revista Época, com a frase "Brasil padrão Fifa" também fez parte do cenário
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24 de maio - Fachada de um banco, com brasileiros torcendo pela Copa, contrastam com cenário de protesto nas ruas
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24 de maio - Policiais se posicionam em frente a um grafite, durante protesto em São Paulo
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Militarização da polícia
Outro problema apontado pelos ativistas é o fato de policiais de patentes menores serem proibidos de investigar na Corregedoria policiais de patente mais alta.
A equipe de corregedores é chefiada desde por um corregedor-chefe, o coronel Rui Conegundes de Souza. Segundo a PM, todos os membros da equipe são coronéis, a patente mais alta dentro da corporação.
"Isso mostra o problema que é a militarização da polícia no Brasil, já que a hierarquia militar impossibilita que alguns policiais com patente mais alta sejam investigados", disse Leone. A hierarquia também se aplica no caso dos coronéis mais jovens em relação aos coronéis com mais velhos.
A assessoria de imprensa da PM negou que investigações sejam bloqueadas por essa razão, embora admita que policiais de menor patente sejam proibidos de investigar superiores. A PM garantiu, no entanto, que há alternativas de investigação em casos desse tipo.
Para muitos especialistas, a violência policial é fruto justamente do caráter militar da polícia. Em mais de uma ocasião o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas recomendou ao Brasil a desmilitarização das polícias estaduais. Meira disse estar aberto esse debate, mas disse ser contra.
"No atual momento eu julgo não ser conveniente a desmilitarização da polícia", disse.
Exemplos de violência
A violência policial foi um dos estopins dos protestos de junho. No dia 6 daquele mês, uma manifestação do Movimento Passe Livre foi reprimida pela polícia em São Paulo. As imagens da dura repressão rodaram as redes sociais e ajudam a impulsionar os protestos de rua no país.
Policiais também foram vítimas da violência. Em outubro, o coronel Reynaldo Simões Rossi foi espancado e golpeado com uma placa metálica durante confronto com manifestantes em um terminal de ônibus no centro de São Paulo.
A adoção por parte dos manifestantes da tática black bloc, de depredação de bancos e até de edifícios públicos, incitou ainda mais os ânimos.
O Comandante-Geral da Polícia disse que a PM foi surpreendia pelas novas táticas de protesto. "A Policia Militar sempreu deu respaldo a manifestações pacíficas, quando não temos pessoas mascaradas, quando não temos pessoas com o propósito de depredar o patrimônio público e privado", disse.
A BBC Brasil ouviu o relato de um estudante de 22 anos que participou dos protestos no dia 7 de setembro, na Avenida Paulista. Ele, que nega ser black block, diz que apanhou da polícia quando seu grupo tentava furar um bloqueio policial.
O estudante levou cinco pontos na cabeça e sofreu hematomas, mas não foi indiciado por qualquer crime, apesar de ficar detido por quatro horas.
No dia 25 de janeiro, uma manifestação contra a Copa do Mundo em São Paulo acabou na perseguição do manifestante Fabrício Proteus Chaves, que acabou baleado pela polícia na região central. A PM alegou legítima defesa, alegou que o rapaz de 22 anos teria sacado um estilete.
A violência também atinge a imprensa. Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abriji), 75,5% dos jornalistas agredidos em manifestações de junho até hoje foram vítimas de ações policiais.
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