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Polícia

No Rio, operações da PM continuam na Cidade de Deus

21 nov 2016 - 12h38
(atualizado às 12h39)
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Policiais fazem revistas e apreendem suspeitos na Cidade de Deus.
Policiais fazem revistas e apreendem suspeitos na Cidade de Deus.
Foto: Marcos Vidal/Futura Press

Unidades da Polícia Militar continuam ocupando as principais ruas e as vielas da Cidade de Deus, na zona oeste da cidade, onde, no início da noite do último sábado (19), houve intensa troca de tiros entre policiais e traficantes que dominam a área, no mesmo local onde que ocorreu a queda de um helicóptero da PM que levou à morte quatro militares.

Segundo informações da PM, a megaoperação conta hoje (21) com unidades do Comando de Operações Especiais (COE), do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque (BPChq), do Grupamento Aeromóvel (DAM) e dos batalhões do 2º Comando de Policiamento de Área. A ação teve início na manhã de domingo.

Segundo a polícia, foram feitas até agora sete prisões e a apreensão de 1.136 trouxinhas de maconha, 22 pedras de crack, além de um saco contendo um quilo de cocaína e 132 sacolés da droga. Já na noite de sábado, quando os confrontos tiveram início, os policiais militares do Bope apreenderam três fuzis - sendo um calibre 5.56 e dois de calibre 7.62 - duas pistolas, munições, três rádios transmissores, quatro carregadores de pistola, além de 830 sacolés de cocaína, 53 de crack e 653 trouxinhas de maconha.

O material foi apreendido em uma área de mata na comunidade, próximo ao local onde ocorreu a queda do helicóptero do Grupamentos Aeromóvel da PMERJ e que causou a morte do capitão Willian Schorcht, do co-piloto da aeronave, o major Rogério Melo, do subtenente Camilo Barbosa e do sargento Rogério Felix.

Jovens

Embora a PM não tenha confirmado, relatos de moradores da Cidade de Deus dão conta, através das redes sociais, que ocorreram tiroteios esporádicos durante toda a madrugada de hoje. No final de semana, moradores encontraram nas matas da comunidade os corpos de sete jovens, que teriam sido mortos em consequência dos confrontos ocorridos com a PM. Moradores, no entanto, sustentam que os jovens foram executados.

Helicóptero

Os policiais que morreram na queda do helicóptero foram enterrados com honras militares ainda neste domingo (20), com salvas de tiros. O governador do estado, Luiz Fernando Pezão,  decretou luto oficial de três dias pela morte dos policiais.

As causas da queda do helicóptero, que inicialmente acreditava-se ter sido abatido pelos traficantes, durante a troca de tiros, ainda não foram esclarecidas, uma vez que perícia preliminar feita na aeronave e nos corpos dos PMs mortos não encontrou marcas de tiro.

O próprio secretário estadual de Segurança do estado, Roberto Sá, considerou cedo para descartar qualquer hipótese sobre as causas da queda da aeronave, uma vez que perícia mais detalhada ainda está sendo feita, tanto por parte da Delegacia de Homicídio como pela Aeronáutica. O secretário informou, no entanto, que a própria PM havia garantido que a manutenção da aeronave estava em dia.

As informações indicam que a Polícia Militar vai permanecer por tempo indeterminado na Cidade de Deus, que segue com a segurança reforçada e barreiras policiais em todos os acessos. No entanto, o dia de hoje amanheceu com várias barricadas em ruas da Cidade de Deus, inclusive com pneus queimados, impedindo a livre circulação de veículos e dificultando a ação da polícia.

Força Nacional

Atendendo à solicitação da Agência Brasil, o Ministério da Justiça informou que o ministro Alexandre de Moraes continua acompanhando os fatos ocorridos no Rio de Janeiro. Segundo o ministério, desde ontem (20), o ministro "vem mantendo contato direto e constante com o Secretário de Segurança Publica do Rio de Janeiro e que também colocou à disposição do governo local o efetivo da Força Nacional, que está na cidade desde os Jogos Olímpicos Rio 2016, para prestar apoio na segurança pública na Cidade de Deus".

Agência Brasil Agência Brasil
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