Novas imagens mostram detalhes do maior assalto no RS; grupo tem ligação com facção criminosa
Roubo envolveu caminhonetes blindadas com logotipos falsos da Polícia Federal e três sítios utilizados como esconderijo
Novas imagens mostram detalhes do maior roubo ocorrido no Rio Grande do Sul, que envolveu a adaptação de uma van, sítios para esconderijos e caminhonetes blindadas com logotipos falsos da Polícia Federal (PF).
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O crime ocorreu no dia 19 de junho deste ano no Aeroporto de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. O grupo, que tem ligação com a facção criminosa PCC, chegou ao Estado dias antes do assalto.
Eles planejaram o assalto de um avião-pagador que estava na pista do aeroporto. Para isso, os criminosos utilizaram caminhonetes blindadas com logotipos da PF. Segundo o Fantástico, da TV Globo, eles levaram cerca de R$ 14,4 milhões dos R$ 30 milhões pertences à Caixa Econômica Federal que estavam no veículo.
Armados com fuzis e metralhadoras, eles trocaram tiros com os vigilantes da empresa que transportava os valores. Um policial e um suspeito morreram. "Não tenho lembrança ou registro que tenham conseguido retirar assim tanto dinheiro em espécie em apenas um roubo", disse o procurador da República, Celso Três.
Para conseguir fugir da polícia, eles utilizaram um veículo camuflado para simular uma "van escolar". Na fuga, o grupo deixou para trás uma caminhonete com mais de R$ 15 milhões. Além do PCC, a facção gaúcha Bala na Cara também esteve envolvida no crime.
O delegado da Polícia Federal, Márcio Teixeira, afirmou que os criminosos prepararam a ação por dias: "Um conhecimento prévio, equipamentos militares que exigem que o atirador tenha um conhecimento realmente específico para manobrar, como troca de carregadores, posturas de abrigo, anteparo."
A PF declarou que estes criminosos já participaram de mais de 20 assaltos a carros-fortes, bancos e aeroportos por todo o Brasil. Do montante roubado, apenas R$ 70 mil foram recuperados. Em 70 dias de investigação, 13 suspeitos foram presos.
O preparo do grupo criminoso também incluiu imóveis utilizados para a preparação, para a execução e para a fuga dos assaltantes, sendo eles, três sítios e duas casas. Em três meses de intensa investigação para prender os criminosos, a Polícia Federal identificou Diego Rodrigues Andrade, o "Gordão do PCC", por meio de um sapatênis que ele havia usado nos assaltos de Cordeirópolis (SP), Camanducaia (MG) e Guarapuava (PR).
Em áudio interceptado pela corporação, a companheira de Diego falou sobre o tênis para uma colega: "Conheci pelo tênis, viu, que fica lá no meu sapatênis dele, preto, com uma lista branca assim do rabo, sabe? Mas Deus proverá já, já ele tá por aqui, se Deus quiser, viu."