Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Polícia

RJ: Mortos em confrontos crescem após 6 meses de intervenção

Entre fevereiro e o final de julho, 738 pessoas foram mortas em confrontos com a polícia

16 ago 2018 - 18h25
(atualizado às 18h44)
Compartilhar
Exibir comentários

Seis meses após o governo enviar forças federais para assumirem controle da segurança no Estado do Rio de Janeiro, os números de assassinatos e de pessoas mortas em confrontos com a polícia aumentaram, segundo dados oficiais, levantando dúvidas sobre as estratégias utilizadas.

O presidente Michel Temer anunciou em 16 de fevereiro medidas de emergência autorizando que o Exército assumisse comando de forças policiais no Estado do Rio, onde grupos criminosos rivais e milícias impulsionaram um aumento acentuado na violência.

Soldados fazem operação em favela do Rio de Janeiro
 27/3/2018    REUTERS/Ricardo Moraes
Soldados fazem operação em favela do Rio de Janeiro 27/3/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Nos primeiros seis meses da intervenção federal, no entanto, houve 3.479 assassinatos no Estado, um aumento de quase 5 por cento em relação ao mesmo período no ano passado, de acordo com dados oficiais do Estado.

Entre fevereiro e o final de julho, 738 pessoas foram mortas em confrontos com a polícia, indicam dados examinados pela Reuters, em aumento de 35 por cento em relação ao ano anterior. Entre fevereiro e o mês passado, 16 policiais foram mortos, um a menos que no período em 2017.

"É muito preocupante um cenário em que os indicadores mais sensíveis estão piorando, com uma política de segurança voltada para o aprofundamento disso, que causa insegurança, que são confrontos, tiroteios e barulhos de armas nas ruas", disse Silvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, no Rio.

A crescente violência se tornou uma questão importante para as eleições de outubro, com candidatos de todo o espectro político buscando mostrar suas credenciais de combate ao crime e apelar para um eleitorado farto de uma economia fraca e corrupção endêmica.

Embora pesquisas de opinião indiquem que a maior parte das pessoas no Rio é a favor da intervenção federal, poucas percebem grandes melhorias desde seu começo e a intervenção tem sido amplamente criticada por uma falta de transparência e por metas pouco claras.

Em comunicado, o gabinete de intervenção federal destacou que estatísticas de crime caíram, como roubo de carros e de carga, acrescentando que "a tendência é que a redução dos índices continue nos próximos meses".

Em entrevista antes da data de seis meses, o porta-voz da intervenção federal, Roberto Itamar, disse que grande parte do trabalho do governo foi focado em consertos administrativos e logísticos que levarão mais tempo para serem percebidos.

Ele acrescentou que a parte mais difícil do trabalho do governo no Estado é reparar relações entre a população e a polícia.

"Ao longo de alguns anos pra cá (as relações) tem se enfraquecido", disse. "Tem que ser uma construção de uma confiança mútua".

Veja também:

Idosos tiram fotos de casamento no Dia dos Namorados :
Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade