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Polícia

Operação da PF prende delegado que havia sido delatado por Vinicius Gritzbach

Polícia Federal e Ministério Público deflagraram operação contra corrupção policial

17 dez 2024 - 14h43
(atualizado às 14h44)
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Polícia Federal apreendeu dinheiro, objetos e armas em operação nesta terça-feira, 17, contra corrupção policial
Polícia Federal apreendeu dinheiro, objetos e armas em operação nesta terça-feira, 17, contra corrupção policial
Foto: Divulgação/Polícia Federal

O delegado Fabio Baena foi um dos alvos de uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP) contra corrupção policial. Antes de ser preso nesta terça-feira, 17, Baena já havia sido delatado por Vinicius Gritzbach.

Gritzbach havia firmado um acordo de delação premiada com o MP para repassar informações sobre a atuação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). No entanto, o empresário foi assassinado em 8 de novembro, na saída do Terminal 2, do Aeroporto de Guarulhos.

Em 2023, Gritzbach havia denunciado tanto Baena quanto outros policiais civis por extorsão. Na época, ele havia afirmado ao MP que os agentes cobraram dinheiro dele para não culpá-lo pelo assasinato de dois integrantes do PCC.

O empresário passou a ser investigado pela após a morte destes dois integrantes: Anselmo Becheli Santa Fausta, o "Cara Preta", e Antônio Corona Netto, o "Sem Sangue". Eles foram mortos a tiros em 2021. A relação de Gritzbach com o PCC passou a ser investigada pela Polícia Civil de São Paulo depois deste crime.

Além de ter sido acusado de matar Cara Preta e Sem Sangue, o empresário também era acusado de lavar dinheiro do tráfico de drogas para a facção. Por isso, optou por firmar o acordo de delação premiada com o MP de São Paulo. 

De acordo com a TV Globo, no período da morte de Cara Preta e Sem Sangue, Baena era delegado do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e responsável pela investigação que mirava Gritzbach. Segundo o empresário relatou, o delegado e outros agentes cobraram propina para não acusá-lo dos crimes. Como ele não pagou, ele foi indiciado pelos dois homicídios.

Uma semana antes de ser assassinado, Gritzbach voltou a denunciar agentes da Polícia Civilna Corregdoria do órgão. Ele acusou os policiais de pedirem R$ 40 milhões em propina para que ele não fosse investigado pela morte dos integrantes do PCC. 

Entenda a operação da Polícia Federal e do Ministério Público

A Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizam na manhã desta terça-feira, 17, operação contra organização criminosa envolvida em corrupção policial e lavagem de dinheiro em São Paulo.

Segundo a TV Globo, um delegado e mais três policiais civis suspeitos de atuar para o Primeiro Comando da Capital (PCC) foram detidos. Outras duas pessoas também foram presas e mais duas, incluindo um policial civil, são procuradas.

No total, os agentes saíram para cumprir oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança, Igaratá e Ubatuba. A Operação Tacitus conta com 130 policiais federais e o apoio da Corregedoria da Polícia Civil.

"A investigação partiu de análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaboração premiada e depoimentos. Tais elementos revelaram o modo complexo que os investigados se estruturaram para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa", detalhou o Ministério Público de São Paulo (MPSP).

De acordo com informações da TV Globo, o esquema envolveria manipulação e vazamento de investigações policiais, venda de proteção a criminosos e corrupção para beneficiar a lavagem de dinheiro do PCC. Ainda de acordo com as investigações, a facção, com a ajuda do grupo criminoso, movimentou mais de R$ 100 milhões desde 2018.

Os investigados, conforme suas condutas, vão responder pelos seguintes crimes:

  • organização criminosa;
  • corrupção ativa e passiva; e
  • ocultação de capitais.

Somadas, as penas podem alcançar 30 anos de reclusão. O nome "Tacitus" vem do termo em latim que significa silencioso ou não dito. "É uma alusão à forma de atuar da organização criminosa", explica o MPSP.

Fonte: Redação Terra
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