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Polícia

Órgãos com HIV: MP denuncia sócios e funcionários do laboratório PCS Saleme

Acusados vão responder pelos crimes de associação criminosa, lesão corporal grave e falsidade ideológica

22 out 2024 - 16h57
(atualizado às 17h42)
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Fachada do laboratório PCS Saleme
Fachada do laboratório PCS Saleme
Foto: Reprodução/TV Globo

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou nesta terça-feira, 22, seis sócios e funcionários do laboratório PCS Saleme. O local era o responsável por realizar exames de sorologia em pacientes transplantados no Estado. Por falha nos testes, seis pacientes receberam órgãos infectados com o vírus HIV

O MPRJ confirmou as denúncias ao Terra. Os seis acusados vão responder pelos crimes de associação criminosa, lesão corporal grave e falsidade ideológica. Uma funcionária também foi denunciada por falsificação de documento particular.

Encaminhada à Justiça, as denúncias, feitas por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada dos Núcleos de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, incluem o pedido de prisão preventiva dos envolvidos. A medida tem o objetivo de assegurar o andamento das investigações.

De acordo com o jornal O Dia, os denunciados são:

  • Walter Vieira, sócio (está preso)
  • Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, sócio
  • Ivanilson Fernandes dos Santos, funcionário (está preso)
  • Jacqueline Iris Barcellar de Assis, funcionária (está presa)
  • Cleber de Oliveira Santos, funcionário (está preso)
  • Adriana Vargas dos Anjos, funcionária (está presa)

Entenda o caso 

O laboratório Patologia Clínica Dr. Saleme (PCS Saleme) é investigado como responsável por infectar seis pacientes transplantados com o vírus HIV. 

A primeira fase da operação policial aconteceu na segunda-feira, 14. Duas pessoas foram presas e outras duas se entregaram nos dias seguintes. Na sexta-feira, 18, a Justiça manteve a prisão temporária dos quatro funcionários do Laboratório PCS Saleme. A polícia analisa os documentos apreendidos.

O MPRJ diz que os investigados já emitiram dezenas de resultados com falso-positivo e falso-negativo para o vírus HIV, inclusive em exames de crianças. Eles respondem a inúmeras ações de indenização por danos morais e materiais. 

A conduta mostra que há indiferença com a vida dos clientes e da população, segundo o MP.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) apura os falsos laudos emitidos pelo laboratório e instaurou um novo inquérito para investigar o processo de contratação da empresa.

No domingo, 20, aconteceu a segunda fase da Operação Verum, com cumprimento de oito mandados de busca e apreensão e um de prisão. A ação teve o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Fonte: Redação Terra
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