PA: após ser preso em operação, filho do presidente da Imperatriz é solto
Luiz Antônio Drummond - filho do bicheiro carioca e presidente da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense Luizinho Drummond - recebeu habeas-corpus e foi solto na tarde desta sexta-feira da Central de Triagem Metropolitana I, localizada em Santa Izabel, na região metropolitana de Belém (PA). Luiz havia sido preso na semana passada durante a Operação Efeito Dominó, que combate organizações criminosas que exploram ilegalmente jogos de azar e atuam nos Estados do Pará, do Rio de Janeiro e da Bahia. Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), outras sete pessoas que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça também foram soltas.
Conheça o império do jogo do bicho no País
Luiz Drumond, que foi preso num condomínio de luxo, em Belém, é acusado de comandar a quadrilha, que, segundo investigações, faturava, por dia, mais de R$ 1 milhão em apostas. Cerca de R$ 2 milhões em dinheiro foram apreendidos pela polícia do Pará, além de máquinas caça-níqueis, computadores, documentos e equipamentos eletrônicos usados no esquema.
As outras sete pessoas também liberadas hoje são: Relson Lima Souza, Ediney Alan Azevedo Palheta, Elza do Socorro Furtado Silva, Edir Sarmento Pinto Júnior, Waldir Fiok da Silva, Maria das Graças Carvalho e José Manoel Lhamas Santos. Na última quarta-feira, 28 pessoas que tinham a prisão temporária decretada foram liberadas. Sidnei Coelho Fernandes, Cesár Tibério do Monte e João Monteiro Vidal continuam presos à disposição da Justiça.
Cerca de 260 policiais civis e 40 policiais militares participaram da ação. Os investigados foram indiciados pelos crimes de exploração de jogo do bicho, formação de quadrilha armada, crime contra a economia popular, lavagem de dinheiro, formação de cartel e falsidade ideológica.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, os bicheiros dos três Estados montaram um sofisticado sistema de apostas e venda de recargas de celular. "Os apontadores paraenses faziam uso de máquinas e tecnologia fornecidas por empresas baianas que lhes possibilitavam fazer a aposta do jogo do bicho e também a venda de crédito de recarga de celular", detalha.
Ainda de acordo com Firmino, algumas das empresas investigadas teriam ligação com a forma de agir do bicheiro Carlinhos Cachoeira e também foram alvo das operações Dedo de Deus, feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em 2011, e Aposta, conduzida pela Polícia Federal em 2007. O presidente da Imperatriz Leopoldinense, Luizinho Drummond, o ex-prefeito de Teresópolis, Mário de Oliveira Tricano, o patrono da Beija-Flor, Aniz Abraão David, o Anísio, e outros 17 foram indiciados na Dedo de Deus.