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Polícia

Paes sobre suspeitos por morte de cinegrafista: 'Filhinhos de papai'

11 fev 2014 - 20h57
(atualizado às 21h08)
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), criticou, nesta terça-feira, atos de violência feitos por manifestantes durante protestos, e classificou os responsáveis pela morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade - atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de umprotesto contra o aumento do preço da passagem de ônibus, no centro do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (6) - como “filhinhos de papai mimados”. As informações são do RJTV.

“Vivemos numa democracia. É bom que protestem. Às vezes, tomamos decisões impopulares, mas faz parte. O que não pode é a violência acabar com a vida de um monte de gente. Na quinta, destruiu a vida de mais uma família: a família do cinegrafista. Desta vez, foi um bando de filhinhos de papai mimados que destruíram a vida dos outros. Temos que ser contra a violência”, disse o prefeito.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na manhã do dia 11, uma foto do suspeito de ter acendido o rojão que atingiu Santiago Andrade. Caio Silva de Souza, 23 anos, é considerado foragido e tem duas passagens pela polícia. Fábio Raposo, que passou o rojão, reconheceu o autor do disparo a partir de uma imagem levada pelo delegado. Ele está sendo procurado por homicídio doloso qualificado - quando há intenção de matar - por uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão.

A direção do Hospital Estadual Rocha Faria confirmou que Caio é funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviço à unidade. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Caio é funcionário da empresa Hope Serviços, que presta serviço ao hospital público, em regime de plantão 12hx36h, com expediente das 7h às 19h. Na quinta-feira, dia do protesto em que Santiago foi ferido, Caio estava de folga. No dia seguinte, quando deveria retornar ao trabalho, há registro de falta. Não há assinatura no ponto desde então.

Atingido em protesto, cinegrafista tem morte cerebral
Santiago foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o cinegrafista chegou em coma ao hospital municipal Souza Aguiar. Ele sofreu afundamento do crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia no setor de neurologia. A morte encefálica foi informada pela secretaria no início da tarde de 10 de fevereiro, após ser diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do hospital onde ele estava internado no Centro de Terapia Intensiva.

Repórteres cinematográficos e fotográficos fazem homenagem a Santiago :

O tatuador Fábio Raposo confessou à polícia ter participado da explosão do rojão que atingiu Santiago. Ele foi preso na manhã de domingo em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão) e responsável pelas investigações, disse que Fábio já foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão e que a pena pode chegar a 35 anos de reclusão.

Raposo ajudou a polícia a reconhecer um segundo responsável pelo disparo do artefato que causou a morte do cinegrafista. O tatuador, preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, afirmou, de acordo com o relato do delegado, que “eles se encontravam em manifestações" e que "esse rapaz tem perfil violento”.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na manhã do dia 11, uma foto do suspeito de ter acendido o rojão que atingiu Santiago Andrade. Caio Silva de Souza, 23 anos, é considerado foragido e tem duas passagens pela polícia. Fábio Raposo, que passou o rojão, reconheceu o autor do disparo a partir da imagem leava pelo delegado. Ele está sendo procurado por homicídio doloso qualificado – quando há intenção de matar – por uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão.

Fonte: Terra
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