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Polícia

Pai que matou bebê de dois meses após arremesso de celular é preso

Em discussão com a mãe da criança, homem arremessou celular e acertou a cabeça do filho; caso aconteceu em Goiás

7 out 2022 - 12h46
(atualizado às 13h16)
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Bebê morreu ao ser atingido na cabeça por um aparelho celular, arremessado por seu pai
Bebê morreu ao ser atingido na cabeça por um aparelho celular, arremessado por seu pai
Foto: Reprodução/Polícia Civil de Goiás

Homem que matou o próprio filho, de dois meses, ao arremessar um celular contra ele após discussão com a companheira, foi preso preventivamente em Valparaíso, cidade de Goiás. Ele segue à disposição da Justiça em um presídio municipal.

De acordo com informações da Polícia Civil do Estado de Goiás, o caso aconteceu no último dia 30. A prisão havia sido deferida na segunda-feira, dia 3, mas o homem só foi detido na quarta-feira, 5, por causa das restrições de prisão no período eleitoral.

O mandado de busca e apreensão, e de prisão preventiva por crime de lesão corporal seguida de morte, foi realizado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). A criança foi enterrada na terça-feira, dia 4.

Entenda o caso

Conforme consta na ocorrência registrada pela Polícia Civil, o pai e a  mãe da criança teriam discutido por causa de um vídeo em que a mulher aparecia dançando. Para não dar sequência à briga, a mulher teria ido dormir enquanto o homem ficou com o recém-nascido no colo.

Ele colocou a criança em um bebê-conforto próximo à cama da mãe e, depois, pegou um aparelho celular e arremessou na criança, acertando diretamente sua cabeça. Em depoimento, o homem afirmou que a intenção era atingir a parede. Ele, no entanto, provocou grave lesão no bebê.

A mãe acordou e, ao entender o que aconteceu, desmaiou. Na sequência, o pai chamou um motorista de aplicativo para levar o filho ao hospital, junto com a mãe do bebê. A criança foi encaminhada para a cidade de Santa Maria, no Distrito Federal, onde a Polícia Militar foi acionada e levou o homem à delegacia para prestar esclarecimento.

O depoimento do suspeito foi colhido, assim como informações com os socorristas que atenderam a criança. Neste momento, segundo a Polícia, houve dúvida sobre o verdadeiro autor das lesões e não foi possível determinar flagrante.

A DEAM requisitou as perícias necessárias, colheu depoimentos da mãe da criança e deu sequência às investigações. Assim, foi concluído que o bebê foi vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei Henry Borel (Lei nº 14.344/2022), sendo necessária a prisão preventiva do agressor.

Em novas investigações de busca e apreensão na residência do casal, foram apreendidos outros celulares quebrados e uma coberta de cama, usada no dia do ocorrido, que estava perfurada nos pontos em que havia sangue da vítima.

Fonte: Redação Terra
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