Paradeiro de sérvio morto em Santos (SP) foi revelado em série de TV no ano passado
Homem era procurado pela Interpol por crimes praticados na Sérvia e vivia no Brasil desde 2014 com documentos de outra pessoa
O paradeiro do matador de aluguel sérvio Darko Geisler, de 43 anos, assassinado em 5 de janeiro em Santos, no litoral de São Paulo, já havia sido revelado em um programa de TV de Montenegro, no final de 2023.
O matador de aluguel sérvio Darko Geisler, de 43 anos, viveu nove anos escondido no Brasil até ser morto na noite de 5 de janeiro, em Santos, litoral de São Paulo. O seu paradeiro, no entanto, já havia sido revelado em um programa de TV de Montenegro, país localizado nos Balcãs, chamado Sjenke, no final de 2023.
"Pelo que sei, o Geisler está vivo. Pelo que me disseram, ele está escondido no Brasil, vivendo uma vida normal", disse um membro de facção sérvia ao programa. O trecho da entrevista foi exibido no Fantástico, da TV Globo, no domingo, 21.
Darko Geisler estava na lista vermelha da Interpol, com ordem de prisão internacional e mandado de busca pelo assassinato do mafioso Andrija Mrdak, em frente a uma prisão na fronteira de Montenegro com a Sérvia, em 2014. A principal suspeita é que Geisler tenha sido morto por vingança.
Ação do assassino é parecida com "atividade de organizações criminosas". De clãs, como são chamadas as organizações criminosos no leste europeu, e que provavelmente buscaram exterminar a vítima que residia aqui no Brasil por motivações anteriores. Ele [Darko] era membro de uma organização criminosa e suspeito de matar membros do alto escalão de organizações criminosas do leste europeu", disse o delegado Luiz Ricardo Lara.
A jornalista Svetlana Dokic, apresentadora do Sjenke, concorda com a suspeita de que Geisler tenha sido morto por vingação. "Quem encontrou o Darko foram os criminosos. Isso prova que eles estão um passo gigante a frente dos investigadores de Montenegro", relatou ao Fantástico.
Família
Darko Geisler era casado com uma brasileira, e os dois tiveram um filho. Segundo a Polícia Civil, o casal se conheceu entre 2015 e 2016 e mantinha um relacionamento estável desde então.
A mulher o descreveu como uma pessoa pacata e de costumes simples. Apesar de terem um relacionamento duradouro, a esposa de Geisler afirmou à polícia que não tinha conhecimento do passado criminoso do marido.