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Polícia

PF combate rede de tráfico de tartarugas no região norte

Estima-se que o comércio ilegal movimente semanalmente R$ 1 milhão, com destaque para lucros de restaurantes e comerciantes que fazem entrega dos animais em domicílio

8 ago 2014 - 13h55
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A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira duas pessoas suspeitas de fazer parte de um esquema de caça, transporte e comercialização ilícita de tartarugas-da-amazônia e tracajás nos Estados de Roraima e Amazona em meio à Operação Podocnemis. Ainda estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, nove de prisão e 22 de condução coercitiva.

Os envolvidos também são suspeitos de prática de associação criminosa, lavagem de dinheiro e receptação de animais da fauna silvestre. Os espécimes, de acordo com a Polícia Federal, eram capturados no Rio Branco, em Caracaraí, região central de Roraima, e vendidos nas referidas capitais. O nome da operação é uma referência a um dos gêneros da ordem dos quelônios, à qual pertencem as tartarugas e os cágados.

A Polícia Federal estima que o comércio ilegal movimente, em uma semana, aproximadamente, R$ 1 milhão, com destaque para os lucros dos restaurantes e dos comerciantes que fazem entrega dos animais em domicílio, preparados para consumo, abatidos para preparação ou mesmo vivos.

Segundo a PF, as espécies podocnemis expansa (tartaruga-da-amazônia) e a podocnemis unifilis (tracajá), que estão ameaçadas de extinção, têm maior valor e retorno financeiro aos criminosos. Elas têm grande procura nos mercados das capitais e expressivo valor comercial.

As investigações, iniciadas há dois anos, identificou indícios de participação de pescadores, transportadores, comerciantes e empresários nas práticas criminosas. Também há indícios, de acordo com a PF, do envolvimento de servidores públicos.

De acordo com a Polícia Federal, restaurantes emitiam notas fiscais “frias” para encobrir a ilicitude. Segundo a PF, os investigados estão sendo conduzidos para a delegacia e interrogados. Os presos preventivamente serão encaminhados para presídios em Boa Vista e Manaus, onde ficarão à disposição da Justiça da comarca de Caracaraí.

Agência Brasil Agência Brasil
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