PF crumpre mandados de busca e apreensão em investigação sobre venda de sentenças no MT
Um dos alvos é uma desembargador investigado no caso
Equipes da Polícia Federal realizam uma operação, na manhã desta sexta-feira, 20, sobre um suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT). Um dos alvos é um desembargador investigado no caso. A informação é da TV Globo.
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A ação de busca e apreensão foi autorizada pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, e é realizada em endereços ligados ao magistrado. Ainda não há informações sobre os trabalhos desta sexta mirarem mais suspeitos.
O Terra tenta mais informações com a Polícia Federal.
Em 26 de novembro, a PF já havia cumprido mandados de prisão preventiva e 23 ordens de busca e apreensão na Operação Sisamnes. Entre os alvos estavam um funcionário do TJ estadual e os desembargadores Sebastião Moraes e João Ferreira Filho, que desde agosto já estavam afastados de suas funções na Corte estadual por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ambos sofreram uma nova ordem de afastamento.
O principal investigado desta operação era o empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, preso preventivamente. A investigação suspeita que ele seria uma espécie de lobista no esquema da venda de sentenças. Em outubro, ele também foi alvo de busca e apreensão na Operação Ultima Ratio.
O desembargador Sebastião Moraes, de 75 anos, foi promovido ao cargo em 1995, pelo critério de antiguidade, já que foi aprovado no concurso para juiz do TJ-MT em 1980. Já João Ferreira Filho, de 64, formou-se em Direito na Universidade de Brasília (UnB) em 1986. Também possui formação em Filosofia pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Foi aprovado em concurso em 1989.
Por sua vez, o empresário Andreson é sócio de empresas de diversos ramos, entre elas, a de transporte. A investigação da PF apurou que a empresa Florais Transportes, administrada por ele, transferiu R$ 1,1 milhão ao advogado Félix Jayme Nunes da Cunha, que também é investigado por negociar decisões junto a desembargadores. As autoridades suspeitam que o montante tenha sido repassado para a compra de sentenças.
Em manifestações ao CNJ, Sebastião negou com veemência o suposto envolvimento com corrupção. A defesa dos magistrados e do empresário não foram localizadas na ocasião da operação. O espaço segue aberto para manifestações.
*Com informações do Estadão