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Polícia

PF diz que doleiro orientou ações de deputado na Câmara

16 mai 2014 - 08h28
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<p>Deputado Luiz Arg&ocirc;lo teria recebido &quot;ordens&quot; de doleiro preso pela PF</p>
Deputado Luiz Argôlo teria recebido "ordens" de doleiro preso pela PF
Foto: Gustavo Lima / Agência Câmara

A influência exercida pelo doleiro Alberto Youssef sobre o deputado federal Luiz Argôlo (SDD-BA) ficou evidenciada em um relatório da Polícia Federal, que será enviado ao Supremo Tribunal Federal para eventual abertura de inquérito criminal contra o congressista, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, Youssef orientou Argôlo a ocupar o cargo de vice-líder do Solidariedade para ficar mais próximo do governo.

O deputado ocupa o posto indicado pelo doleiro, que foi preso durante a Operação Lava Jato sob a acusação de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões e que teria ramificações em partidos como PT, PP, PMDB e SDD. Segundo as investigações da PF, Argôlo chegou a usar dinheiro público da Câmara dos Deputados para viajar e se reunir com o doleiro.

Ao todo, a PF levantou 1.411 trocas de mensagens dentre os dois, de setembro de 2013 até março de 2014. Segundo o relatório, o celular do deputado está registrado em nome da Câmara dos deputados.

"Vc acha q devo pegar a vice lide ou a comissão de orçamento?? Ou nada??", questionou o deputado em mensagem enviada a Youssef em 9 de outubro de 2013. "Pega a vice liderança (...) tem que estar perto do governo", respondeu o doleiro. Os grampos também indicam que o doleiro entregava dinheiro a Argôlo no apartamento funcional da Câmara ocupado pelo congressista.

Procurado pela Folha na Câmara, Argôlo não foi encontrado. O Conselho de Ética da Câmara já abriu processo contra o deputado por quebra de decoro.

Fonte: Terra
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