PF faz operação contra quadrilha que atuava no RJ, SP e MG
Suspeitos, incluindo policiais civis, são acusados dos crimes de associação para o tráfico, tráfico de entorpecentes, quadrilha, usurpação de função pública, extorsão e estelionato
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (PMRJ) deflagraram, nesta quinta-feira, uma operação para cumprir mandados de prisão preventiva contra 25 pessoas, das quais nove são policiais civis. Os suspeitos são acusados dos crimes de associação para o tráfico, tráfico de entorpecentes, quadrilha, usurpação de função pública, extorsão e estelionato.
Boa parte dos crimes era praticada nos municípios de Barra Mansa (RJ), Volta Redonda (RJ), Juiz de Fora (MG), além de diversas cidades do Estado de São Paulo, segundo o MP.
Nesta manhã, também estão sendo cumpridos 46 mandados de busca e apreensão e o sequestro, bloqueio e indisponibilidade dos bens e valores de parte dos denunciados.
Iniciada em dezembro de 2012, a investigação que resultou na Operação Cocite identificou três grupos criminosos. O primeiro é formado por traficantes que atuavam nas cidades de Barra Mansa, Volta Redonda, Juiz de Fora e municípios de São Paulo. Segundo o MP, a quadrilha contava com a participação de presos.
O segundo núcleo é composto por nove policiais civis. Os policiais, lotados na 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (9ª CRPI) e na 93ª Delegacia de Polícia, extorquiam comerciantes e ex-presidiários, além de falsificar documentos.
Liderados pelo inspetor de polícia Guiherme Dias Coelho, também conhecido como Guilherminho, o grupo também tem na ficha uma tentativa de estelionato contra a Seguradora Bradesco com a ocultação de uma máquina retroescavadeira segurada pela empresa. Os criminosos alegaram roubo e solicitaram o pagamento do valor correspondente ao seguro do equipamento.
Já o terceiro grupo criminoso atuava nos mercados populares de Vila Santa Cecília e Avenida Marechal Peixoto, em Volta Redonda. A investigação identificou um esquema de arrecadação de dinheiro e pagamento de propina a alguns policiais da região, para que a comercialização de produtos piratas pudesse ser realizada sem qualquer tipo de fiscalização.
Participam da operação cerca de 220 policiais federais, 26 agentes da Controladoria-Geral da União (CGU) E 50 agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ