PF faz operações contra comércio ilegal de ouro e pedofilia
Investigadores identificaram extração ilegal de ouro, que causa degradação do meio ambiente
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (28) a Operação Mãe do Ouro, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que tem explorado e comercializado ilegalmente ouro no norte de Mato Grosso. Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, além de 11 mandados de prisão preventiva e um de condução coercitiva – todos expedidos pela Justiça Federal em Sinop (MT).
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Os investigadores identificaram extração ilegal de ouro em áreas extensas, com o auxílio de maquinas pesadas, o que tem causado “grave degradação ao meio ambiente”, informa nota da PF. De acordo com o texto, os criminosos agiam também na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e na Companhia Mato-Grossense de Mineração, onde corromperam e cooptaram servidores, a fim de facilitar a liberação de licenças ambientais e a regularização do ouro.
O mineral vinha sendo comercializado em postos de compra localizados nas cidades de Nova Bandeirantes, Alta Floresta, Apiacás e Peixoto de Azevedo – todas em Mato Grosso. Nesses postos, eram oferecidas documentações que davam aparente legalidade à origem do ouro. Com isso, os garimpeiros podiam registrar o ouro no Sistema Financeiro Nacional. De acordo com a PF, os presos responderão por crimes ambientais, usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.
Operação Temeluche
Em outra operação deflagrada hoje – a Temeluche, que combate crime de pedofilia na região metropolitana do Pará – a PF prendeu duas pessoas em flagrante, a partir de cinco mandados de busca e apreensão. Um dos presos, de 40 anos, tinha um pen drive “com conteúdo pornográfico infantil”. Ele já estava na Superintendência da PF no Pará. O segundo preso ainda está a caminho da PF.
Até o momento, os investigadores contabilizam mais de 20 pessoas envolvidas no caso. Diversas mídias eletrônicas foram apreendidas e serão analisadas pelos peritos criminais federais. A PF chegou aos criminosos a partir de monitoramentos feitos na internet. Com a ajuda das operadoras, os investigadores localizaram os endereços físicos dos criminosos. Ao todo, 25 policiais participam da operação.