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Polícia

PF fecha laboratório clandestino de anabolizantes e remédios

23 jun 2017 - 17h00
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Foto: José Lucena / Futura Press

A Polícia Federal (PF) localizou hoje (23), em São Paulo, um laboratório clandestino onde organizações criminosas fabricavam anabolizantes e medicamentos falsificados para venda em pelo menos seis estados brasileiros. A identificação foi feita durante a Operação Proteína, deflagrada nesta manhã para combater o comércio destes produtos.

Agentes da corporação estão cumprindo 30 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Segundo a PF, aproximadamente 50 pessoas estão sendo investigadas pela importação, fabricação e comercialização de anabolizantes e de medicamentos irregulares.

A investigação começou em junho do ano passado, a partir de flagrantes realizados no município de Rio Grande, no litoral sul gaúcho. Segundo a PF, foram identificadas três organizações criminosas sediadas em São Paulo, onde foi encontrado o laboratório.

"Também foi encontrada uma quantidade enorme de medicamentos importados de forma irregular. Não é possível contabilizar, até o momento, porque a quantidade foi realmente grande", afirmou o delegado Ricardo Saadi, superintendente da PF no Rio Grande do Sul. Ele disse que os produtos importados ilegalmente entravam no país através da Argentina e do Paraguai.

Ainda segundo a corporação, as organizações criminosas sediadas em São Paulo redistribuíam os anabolizantes e medicamentos para serem vendidos em outros estados. A investigação também identificou a participação de agentes públicos, todos policiais, na atividade criminosa.

Outra medida da Operação Proteína foi o bloqueio de valores e o sequestro de bens dos envolvidos. Saadi disse que a descapitalização é uma forma de combate ao crime organizado. "Diversos imóveis pertencentes à organização criminosa, diversos veículos e outros bens foram bloqueados ou sequestrados para que a gente possa tentar cortar o financiamento da organização", afirmou o delegado.

Os envolvidos responderão pelos crimes de contrabando, falsificação de medicamentos, corrupção ativa e passiva, concussão, formação de organização criminosa e tráfico de drogas.

Agência Brasil Agência Brasil
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