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Polícia

PF prende empresário ligado ao PT em ação contra lavagem

Empresas de Benedito Rodrigues, o Bené, teriam superfaturado contratos com órgãos do governo federal

29 mai 2015 - 12h44
(atualizado às 17h21)
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Polícia Federal prende em flagrante empresário ligado ao PT suspeito de lavar dinheiro de contratos com órgãos do governo federal que seriam superfaturados
Polícia Federal prende em flagrante empresário ligado ao PT suspeito de lavar dinheiro de contratos com órgãos do governo federal que seriam superfaturados
Foto: Agência Brasil

A Polícia Federal prendeu em flagrante, na manhã desta sexta-feira, Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, empresário ligado ao PT e colaborador da campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Ele e outras três pessoas detidas são suspeitos de lavar dinheiro de contratos com órgãos do governo federal que seriam superfaturados.

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Só com o governo federal, a empresa Gráfica Brasil, de Bené, faturou R$ 465 milhões entre 2005 e 2015, enquanto a empresa DUE teria recebido R$ 60 milhões. Além do empresário, foram presos o ex-assessor do Ministério das Cidades Marcier Trombiere, que atuou na campanha de Pimentel, Pedro Medeiros e Victor Nicolato, homem de confiança de Bené. Uma quinta pessoa foi presa durante a operação por porte ilegal de arma.

A Operação Acrônimo, deflagrada nesta sexta em três Estados e no Distrito Federal, é um desdobramento da apreensão de R$ 113 mil no Aeroporto de Brasília, em outubro do ano passado. Na época, Bené e Trombiere foram detidos e depois liberados.

Na Operação Acrônimo, foram apreendidos 10 carros de luxo
Na Operação Acrônimo, foram apreendidos 10 carros de luxo
Foto: Terra

A ação da PF tinha como objetivo apenas localizar documentos e valores para esclarecer a origem de valores que circulavam nas contas dos investigados, mas quatro pessoas acabaram detidas em flagrante por associação criminosa. “Com os elementos que foram obtidos hoje, é possível afirmar que eles continuam operando, continuam a articular para essa atividade criminosa”, disse o delegado Dennis Cali, responsável pela operação.

Bené, segundo a PF, era sócio de 30 empresas, a maior parte na área de gráfica, organização de eventos e publicidade. Para lavar o dinheiro, os investigados usaram a técnica do smurffing, que consiste no fracionamento de valores, além da confusão patrimonial e no uso de laranjas.

Apesar da ligação com a campanha do governador mineiro, a PF disse que não há ninguém com foro privilegiado investigado. "Até o momento, o governador Pimentel não é objeto da investigação", disse.

Na Operação Acrônimo, foram apreendidos 10 carros de luxo e um bimotor turboélice King Air, avaliado em R$ 2 milhões.

Para o advogado de Benedito Rodrigues, Celso Lemos, disse ter sido surpreendido com a prisão em flagrante. "Fomos surpreendidos com esse novo desenvolvimento. Uma autuação pelo crime de quadrilha para uma finalidade que ainda está sendo apurada", disse. 

Na fronteira, Receita Federal e PF fazem grandes apreensões de maconha:
Fonte: Terra
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