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Polícia

PF prende quadrilha internacional de drogas ligada as FARC

4 nov 2014 - 17h57
(atualizado às 17h57)
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Após quatro anos de investigações, a Polícia Federal (PF) conseguiu prender, nesta terça-feira, quatro líderes de uma importante quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas, ligada a grupos criminosos venezuelanos e colombianos. Outros três envolvidos também foram presos.

<p>Especialistas adulteravam aviões para levar uma tonelada de cocaína por mês do Brasil para a Venezuela</p>
Especialistas adulteravam aviões para levar uma tonelada de cocaína por mês do Brasil para a Venezuela
Foto: PF

As quatro principais prisões foram efetuadas no início da manhã desta terça-feira em Sinop (MT), sede da organização, e estavam incluídas entre os 48 mandados judiciais cumpridos em Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Amazonas.

Ao deflagrar a operação, chamada de Veraneio, a PF também apreendeu 6,5 milhões em cheques e dinheiro (reais, euros e dólares), além de joias, documentos e veículos novos. Esses automóveis são do líder maior da quadrilha.

Para se ter ideia do porte do grupo criminoso, ele conseguia transportar uma tonelada de cocaína por mês do Brasil para a região de Apure, na Venezuela, que, conforme a PF, é dominada pelas Forças Armadas Revolucionadas da Colômbia (FARC), consideradas terroristas pelo governo local e pela União Europeia. O destino da droga era Honduras, com intenção de abastecer cartéis sediados no México.

Para desarticular o esquema milionário, as polícias dos dois países colaboraram com as investigações brasileiras. Também entrou no caso a Agência Antidrogas dos EUA (DEA).

A PF explica que “a quadrilha baseada em Sinop é a responsável pela aquisição de aeronaves no Brasil, adaptando-as ao transporte de cargas, adulteração do prefixo identificador e por todo o transporte entre a Venezuela e Honduras, onde abandonam a aeronave e retornam ao País em voo comercial”.

A Polícia Federal vai agora fazer a análise de todo o material apreendido, pedir perícia e identificação do patrimônio do bando para futuro sequestro de bens e indiciamento por lavagem de dinheiro.

Ao final da Operação, o delegado federal Samir Zugaib disse em coletiva à imprensa que ao que tudo indica o dinheiro ilegal era investido na compra de imóveis em Sinop. “A gente já possui a relação dos imóveis adquiridos e vamos, a partir de hoje e dos documentos apreendidos, tentar identificar novos bens comprados com dinheiro do tráfico de drogas”.

Os líderes da quadrilha vão responder também por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e tráfico transnacional.

O crime de tráfico internacional de drogas é um dos que encontram punição mais forte na legislação brasileira, podendo chegar a 25 anos de reclusão. Os outros crimes juntos somam mais 40 anos de prisão.

Fonte: Especial para Terra
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