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Polícia

PM do DF reforça esquema de segurança para protesto de quarta-feira

24 jun 2013 - 15h01
(atualizado às 15h01)
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Após as manifestações que ocorrem desde a semana passada na capital federal, a Polícia Militar do Distrito Federal define, em reunião marcada para a tarde desta segunda-feira, o esquema de segurança da população e a estratégia a ser adotada com o objetivo de evitar depredações ao patrimônio público durante os protestos previstos para a próxima quarta-feira.

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas

Manifestações tomam as ruas do País; veja fotos

De acordo com o chefe do departamento de comunicação social da corporação, coronel Zilfrank Antero, não serão tolerados atos de vandalismo. "Boa parte dos arruaceiros dos últimos protestos já foram identificados pela polícia, e alguns foram chamados a depor. Vamos endurecer ainda mais a atuação contra esses criminosos, que se disfarçam de manifestantes para causar desordem, e não vamos tolerar vandalismo", disse.

Ele acrescentou que, na reunião de hoje, tanto o efetivo quanto as estratégias de atuação dos policiais terão como base informações obtidas pelo serviço de inteligência da corporação.

No protesto da última quinta-feira, um grupo que participava do protesto na Esplanada dos Ministérios invadiu o Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Eles quebraram vidraças e colocaram fogo no interior do prédio. O acervo de obras raras, que fica no interior do edifício, não foi atingido.

O levantamento total de prejuízos ainda está sendo elaborado. Na manhã de hoje, quatro dias depois dos ataques, funcionários ainda trabalhavam para colocar o prédio em ordem e restaurar a imagem externa do edifício.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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