PM mata suspeitos de assassinato de segurança de candidato
Investigadores da Polícia Civil do Amazonas mataram, eu uma troca de tiros, no final da manhã desta segunda-feira, dois suspeitos de terem participado do latrocínio do sargento da Polícia Militar José Cláudio Marques da Silva, 46 anos, na semana passada em Manaus. "Caju", como era conhecido o sargento, prestava serviço de segurança para o candidato a governo do Amazonas, Marco Antônio Chico Preto (PMN), e foi assassinado na porta do comitê de campanha, no conjunto Eldorado, na zona centro-sul da capital amazonense, no momento em que chegava com um malote que supostamente teria dinheiro para o pagamento de gastos da campanha.
Os dois suspeitos mortos são Marcelo Blanco da Silva, 26 anos e Frank Rodrigues Rocha, 32 anos. A ação que terminou com a morte dos dois começou por volta das 11h30 na rua da Luz, no bairro Zumbi 2, na zona leste de Manaus. Nesse local investigadores da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD) interceptaram um táxi onde estavam Marcelo Blanco e Frank Rodrigues.
"Eles haviam acabado de cometer um outro roubo e nosso pessoal conseguiu interceptá-los. Nessa hora um dos suspeitos começou a atirar e nós reagimos", contou o delegado Orlando Amaral, que está a frente das investigações do latrocínio.
Segundo o delegado, a perseguição terminou na rua das Seringueiras, já no bairro Zumbi 1, também na zona leste de Manaus, quando o táxi estancou no meio de uma ladeira e o outro suspeito desceu atirando. "Nós revidamos e ele acabou levando a pior", confirmou Amaral que garantiu que os suspeitos são os mesmos que participaram do latrocínio do sargento José Cláudio.
"Temos 100% de certeza que esses dois participaram da morte do 'Caju'. Nós vínhamos monitorando eles, inclusive com escutas autorizadas pela Justiça. Hoje tentamos prendê-los após terem cometido um outro roubo. O Blanco (Marcelo) é a pessoa que pula da moto e atira no sargento. O Frank estava em um carro de apoio. Agora falta só chegarmos ao piloto da moto e a outra pessoa que estava no carro", explicou o delegado.
A confirmação da morte dos suspeitos do latrocínio do sargento da PM levou um grande número de policiais militares para a porta do Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, na zona leste da capital, local para onde os suspeitos ainda chegaram a ser socorridos, mas onde já chegaram sem vida. Segundo o sargento da Força Tática, Gomes Texeira, 44 anos, a morte dos suspeitos traz um pouco de alívio para os demais policiais.
"Com a morte desses dois bandidos nos sentimos mais aliviados. Eu servi com o Caju, e sei que era um excelente pai de família e profissional, que foi morto por esses vagabundos. São menos dois bandidos nas ruas", desabafou o policial militar.