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Polícia

PM que disse que morta em chacina denunciou colegas presta depoimento

Coronel Wagner Dimas disse que Andréia Pesseghini, morta em chacina, denunciou policiais que estariam envolvidos com roubos a caixas eletrônicos

8 ago 2013 - 13h37
(atualizado às 13h51)
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Andreia e Luis Marcelo eram policiais militares - ele trabalhava na Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)
Andreia e Luis Marcelo eram policiais militares - ele trabalhava na Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)
Foto: Facebook / Reprodução

O coronel Wagner Dimas, comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, começou a depor por volta das 13h desta quinta-feira no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo. Ele era chefe da cabo da PM Andréia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, morta na chacina na Brasilândia junto com outros quatro familiares. 

Em entrevista à rádio Bandeirantes, Dimas disse que Andreia havia denunciado alguns colegas que estariam envolvidos com roubos a caixas eletrônicos, em São Paulo. Antes de começar o depoimento, o coronel teve uma reunião com o delegado Itagiba Franco, que comanda as investigações.

Às 13h45, o coronel deixou a sede do DHPP sob forte esquema de segurança. Evitando o contato com a imprensa, um carro entrou no prédio para buscar Dimas, que tentou cobrir o rosto após prestar depoimento.

Mais cedo, à Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, o comandante do 18º Batalhão disse "ter se perdido" durante a entrevista que deu à rádio Bandeirantes. Segundo informações da SPTV, ele disse não haver qualquer denúncia sobre PMs envolvidos com os crimes e que a policial não fez qualquer menção a respeito.

O secretário estadual de Segurança, Fernando Grella Vieira, se mostrou surpreso com a entrevista dada por Dimas sobre a PM assassinada. Além dela, foram mortos seu marido, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini, 40 anos, a mãe de Andréia, Benedita de Oliveira Bovo, 65 anos, uma tia, Bernadete Oliveira da Silva, 55 anos, e o filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos. A polícia acredita que o crime tenha sido cometido pelo adolescente, que teria depois de suicidado.

Em nota, o Comando da Policia Militar afirmou "que não houve qualquer denúncia registrada na Corregedoria da PM, ou no Batalhão, por meio da cabo Andréia Pesseghini contra policiais militares". De acordo com a mensagem, "foram consultados arquivos da Corregedoria, do Centro de Inteligência e do próprio Batalhão e nada foi identificado, portanto, será instaurado um procedimento para apurar as declarações do coronel Wagner Dimas Alves Pereira, comandante do 18º Batalhão, não alterando em nada o rumo das investigações".

Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
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