Polícia analisa celular de influencer assassinada para investigar se houve ameaça
Luanne Jardim levou tiro no ombro que atingiu o coração, e não resistiu
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro irá analisar o celular da influenciadora digital Luanne Murta Jardim dos Santos Martins, de 30 anos, que foi morta com um tiro no último domingo, 21. A investigação irá apurar se ela estava recebendo ameaças. O aparelho estava com Luanne quando ela foi morta, e irá passar por uma vistoria, ou perícia. O exame irá apontar o teor das mensagens recebidas por ela dias antes do crime.
O telefone de Luanne já está com a polícia, segundo o pai dela, Atanael Jardim dos Santos, de 61 anos, confirmou ao jornal O Globo. Ele informou que o celular será devolvido à família após algumas semanas.
Uma das linhas de investigação irá apurar se o crime teria alguma motivação financeira, mas outras linhas também serão consideradas.
Luanne morava na Barra da Tijuca e tinha 331 mil seguidores no Instagram e 11,4 mil no TikTok. Ela criava conteúdos sobre estilo de vida saudável, já que chegou a pesar 137 quilos e passou por um processo de emagrecimento, e perdeu 50 quilos em seis meses. O seu conteúdo era focado em motivar outras mulheres a perder peso de forma saudável e recuperar a autoestima.
Luanne começou a trabalhar aos 13 anos e, aos 29, já tinha feito seu primeiro milhão no mercado digital. Na noite do último domingo, 21, ela foi morta, no auge de sua carreira.
O crime
Luanne estava no banco do carona de um Jeep Compass, acompanhada do marido, João Pedro Farche, que dirigia. O filho dele, de dois anos, estava no banco traseiro. O carro foi interceptado por outro veículo na Rua Fernão Cardim, no Engenho de Dentro, na altura do acesso para Linha Amarela, na Zona Norte do Rio. Um homem efetuou disparos contra o carro, acertando quatro tiros no veículo. Um deles atingiu o ombro de Luanne e foi parar no coração dela.
A influencer foi levada com vida para o Hospital Salgado Filho, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia começou a investigar o caso como tentativa de latrocínio, mas a própria família da vítima disse não acreditar nesta hipótese.
“Com certeza isso não foi um mero latrocínio. Isso foi um homicídio. Porque ninguém dentro de um carro vai roubar outro carro e atira no outro carro com o vidro fechado. Nunca vi isso acontecer. Espero que a polícia tome uma providência”, disse Atanael ao O Globo.
O pai da vítima disse que o corpo será sepultado nesta quarta-feira, 24, no cemitério Jardim da Saudade. “Meu coração está doendo”, desabafou ao jornal.
O atual copmanheiro de Luanne contou à polícia que a jovem tinha uma relação conturbada com o ex-marido, e havia histórico de agressões e ameaças. Um ex-sócio também já a teria ameaçado. O depoimento de João Pedro Farche foi obtido pelo Brasil Urgente, da TV Band.
Luanne deixa dois filhos, uma menina de 10 anos e um menino de 2, frutos de outros relacionamentos.
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