Polícia de SP vai ao Rio auxiliar nas investigações sobre médicos executados
Equipes do DHPP e do Departamento de Inteligência da Polícia Civil de SP estão sendo enviadas para auxiliar policiais do Rio de Janeiro
Por determinação da Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Civil de São Paulo está enviando equipes do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) ao Rio de Janeiro para auxiliar na investigação do ataque a tiros que deixou três médicos mortos e um ferido em um quiosque na Barra da Tijuca, na madrugada desta quinta-feira, 5.
"O Governo do Estado de São Paulo lamenta a morte dos três médicos paulistas e se solidariza com familiares e amigos das vítimas. O Estado está à disposição do governo do Rio de Janeiro para colaborar com as investigações", informou a SSP por meio de nota.
Nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou que o efetivo policial já foi enviado ao Rio.
"Estamos consternados com a notícia do assassinato dos três médicos que atuam em São Paulo, ocorrida nesta madrugada no Rio de Janeiro. Conversei com o governador @claudiocastroRJ para colocar o @governosp à disposição, e uma equipe do DHPP da @policiacivil_sp já está a caminho do RJ para apoiar. Meus sinceros sentimentos à deputada @samiabomfim e a todos os familiares e amigos das vítimas, e desejo de pronta recuperação para Daniel, que segue internado [sic]", escreveu ele.
Estamos consternados com a notícia do assassinato dos três médicos que atuam em São Paulo, ocorrida nesta madrugada no Rio de Janeiro. Conversei com o governador @claudiocastroRJ para colocar o @governosp à disposição, e uma equipe do DHPP da @policiacivil_sp já está a caminho do…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) October 5, 2023
Na manhã desta quinta-feira, o novo secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado José Renato Torres do Nascimento, fez um pronunciamento rápido sobre o ataque. Inicialmente, a Polícia Civil havia anunciado que ocorreria uma coletiva de imprensa sobre o caso, porém, já no local, informou que seria realizado apenas um pronunciamento, que durou poucos minutos.
Ao lado de outras autoridades da segurança pública, o secretário garantiu que o crime não ficará impune, mas a Polícia Civil não citou qualquer linha de investigação. Também não foram permitidas perguntas de jornalistas. O ministro da Justiça, Flávio Dino, e o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, falam em "execução".
"Nessa madrugada eu estava no interior do Estado com o governador Cláudio Castro quando tomamos conhecimento do caso grave e imediatamente retornei ao [município do] Rio de Janeiro. Entendemos que nós teríamos que ter uma cooperação, integração [das polícias], para dar uma solução mais rápida a esse bárbaro crime. Acredito que vamos dar uma resposta em um espaço de tempo. O governador pediu todo o empenho da nossa instituição. A Polícia do Rio está a disposição do doutor Henrique Damasceno [diretor do Departamento-Geral de Homicídios] para que esse crime não fique impune", disse Nascimento.
Em seguida, o diretor do Departamento-Geral de Homicídios, delegado Henrique Damasceno, e o delegado João Paulo Garrido, da Superintendência da Polícia Federal no Rio, fizeram rápidos pronunciamentos e afirmaram que ambas as polícias estão empenhadas na resolução do caso.
Médicos são mortos a tiros no Rio de Janeiro
O grupo de criminosos que executou três médicos e deixou um ferido na madrugada desta quinta-feira, 5, no Rio de Janeiro, disparou 33 vezes contra as vítimas. Segundo informações preliminares divulgadas pelo jornal O Globo, foram utilizadas pistolas calibre 9 mm.
O crime aconteceu por volta de 1h, em um quiosque na Avenida Lúcio Costa, enquanto os médicos confraternizavam. Momentos antes do crime, os médicos chegaram a tirar uma foto juntos.
As vítimas dos atiradores eram de São Paulo e estavam no Rio de Janeiro para um congresso. Os médicos que morreram são Marcos de Andrade Corsato, de 63 anos, Perseu Ribeiro Almeida, de 33 e Diego Ralf Bonfim, de 35, que é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Outro médico, Daniel Sonnewend Proença, foi socorrido com vida, levado ao Hospital Lourenço Jorge e seu quadro é estável. A informação foi confirmada ao Terra pela unidade de saúde.
A Polícia Militar fez buscas na região, mas, até o momento, os suspeitos não foram encontrados. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realizou uma perícia no local, e investiga as mortes.