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Polícia

Polícia prende irmão de suspeito de matar soldado da Rota no litoral de SP

Suspeito, de 19 anos, se entregou à polícia na madrugada desta quarta-feira, 2, após ser expedido um mandado de prisão contra ele

2 ago 2023 - 08h22
(atualizado às 08h56)
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Polícia prende Kauã Jason da Silva, de 19 anos, irmão do suspeito de atirar e matar soldado da Rota
Polícia prende Kauã Jason da Silva, de 19 anos, irmão do suspeito de atirar e matar soldado da Rota
Foto: Divulgação/Polícia Civil

O irmão do suspeito de atirar e matar o soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi preso na madrugada desta quarta-feira, 2, em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo a Polícia Civil informou ao Terra, Kauã Jason da Silva, de 19 anos, é o último suspeito de envolvimento na morte do policial militar. 

Kauã é irmão do homem apontado como o autor do disparo que matou Reis, Erickson David da Silva, preso no último domingo, 30. Segundo investigações e postagens obtidas pela Polícia Civil, o jovem exibia sua rotina trabalhando com o tráfico de drogas nas redes sociais. 

O irmão de Erickson se entregou para os agentes da Divisão 'PM Vítima', da Corregedoria. Como havia um mandado de prisão em aberto contra ele, o suspeito foi preso após prestar depoimento.

Além dos irmãos, a polícia já tinha prendido um homem na sexta-feira, 28, por participação no crime. No mesmo dia um outro suspeito de ter participado do assassinato do policial morreu ao entrar em confronto com a PM, segundo afirma a Polícia Civil.

Nas redes sociais, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, comentou sobre a prisão do último suspeito e afirmou que a Polícia Militar continuará a operação contra o tráfico de drogas sem data para término. 

A reportagem não localizou a defesa de Kauã, mas o espaço segue aberto para manifestações. 

Morte de soldado

Policiais da Rota faziam patrulhamento em uma comunidade no último dia 27 quando foram atingidos por disparos de arma de fogo. Segundo a polícia, Patrick foi atingido por um disparo de calibre 9mm.

A bala atingiu o soldado na região do ombro e transfixou pelo peito. Ele foi socorrido ao pronto-socorro, mas não resistiu e morreu. Outro soldado também foi atingido na mão.

O soldado era pertencente ao 1º Batalhão de Polícia de Choque - Rota - e ingressou na Polícia Militar em 7 de dezembro de 2017. "Exerceu suas funções com grande dedicação e zelo com o que lhe era confiado, sendo um profissional dedicado, amigo e exemplar, deixa esposa e um filho", informou a corporação.

Denúncia de violência policial nas comunidades

Nas comunidades periféricas de Guarujá, onde há atuação da Rota, moradores relatam apreensão e medo. A reportagem do Terra passou a manhã desta terça-feira, 1º, visitando bairros que estão vivenciando a tensão desde o início da operação da Polícia Militar na última sexta-feira, 28. Números oficiais apontam o envolvimento de 600 agentes e a morte de pelo menos 14 pessoas.

No Sítio Conceiçãozinha, onde já ocorreram duas mortes, os moradores evitam sair de dentro casa e afirmam que está ocorrendo violência policial dentro da comunidade. Entre os bairros Vila Zilda e Vila Edna, onde o soldado da Rota foi morto, o movimento é intenso nas ruas comerciais e menor nas proximidades dos morros. 

A esposa de Cleiton Barbosa Moura, uma das vítimas da operação policial em Guarujá, alegou que o marido foi executado pela polícia. Ela contou que Cleiton foi arrastado de sua residência até um mangue, onde foi "fuzilado" na presença do filho de apenas 10 meses. 

Policial baleada pelas costas

Nesta terça-feira, 1º, dois policiais foram baleados em Santos. Uma policial foi baleada pelas costas no bairro Campo Grande quando fazia patrulhamento.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, após o crime, os suspeitos fugiram em direção ao morro São Bento. Lá, teriam atirado contra uma viatura do BAEP e baleado outro policial, atingido com um tiro na perna. Na troca de tiros, um dos homens que a polícia aponta como suspeito foi baleado e morreu.

Os dois policiais foram hospitalizados e não correm risco de morrer. A Operação Escudo continua em toda a Baixada Santista. 

Fonte: Redação Terra
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