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SC: Polícia prende suspeitos de matar família de empresário

Quatro das cinco vítimas eram da mesma família e moravam em Florianópolis; polícia investiga se chacina foi motivada por dívidas

11 ago 2018 - 16h56
(atualizado às 19h06)
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A Polícia Civil prendeu dois suspeitos de participarem da chacina que resultou na morte de cinco pessoas no início de julho, em um apart-hotel na praia de Canasvieiras, em Florianópolis. O primeiro suspeito, de 21 anos, foi preso na sexta-feira, 10, em Santana do Livramento (RS), na fronteira do Brasil com o Uruguai. Já o segundo possível envolvido foi preso neste sábado, 11, em São José, na região metropolitana da capital catarinense. As prisões são temporárias e o nome dos suspeitos não foram revelados.

Com as prisões, a Polícia Civil espera conseguir elucidar os detalhes da chacina. As vítimas foram mortas por asfixia com gasolina depois de serem rendidas no apart-hotel da família do empresário Paulo Gaspar Lemos, 78. Os criminosos permaneceram no local por mais de seis horas.

Família de empresário foi morta dentro de apart-hotel na praia de Canasvieiras, em Florianópolis (SC)
Família de empresário foi morta dentro de apart-hotel na praia de Canasvieiras, em Florianópolis (SC)
Foto: Reprodução/Google Street View / Estadão Conteúdo

Além do empresário, também foram mortos os seus filhos, Paulo Júnior, 51, Kátya, 50, e Leandro, 44. A quinta vítima foi Ricardo Lora, 39, sócio dos Lemos. Os corpos foram encontrados com as mãos amarradas para trás e em cômodos diferentes do prédio. A empregada da família, que teria fugido da cena do crime, foi a única sobrevivente.

O delegado Ênio Mattos, titular da Delegacia de Homicídios da capital catarinense, mantém a suspeita inicial de que o crime foi motivado por dívidas. "A suspeita é de que eles mataram por motivo de dívidas, não existe essa hipótese de eles terem sido contratados por alguém", disse.

O preso em São José, segundo a polícia, era morador da região norte de Florianópolis, onde o crime aconteceu, mas estaria em São José para se esconder. Depois de localizar o suspeito, a polícia fez campanha desde a noite de sexta até realizar a prisão na manhã deste sábado. Um terceiro suspeito de ter participado do crime continua solto.

Família teria deixado dívida milionária em São Paulo

A família Lemos, que é natural de São Paulo, vivia em Florianópolis há cerca de dez anos. Na capital paulista deixaram um rastro de dívidas milionárias. Após o crime, o site da Revista Piauí revelou que, somente em São Paulo, a dívida da família chegava a R$ 227 milhões. Em São Paulo, a família foi dona de uma revendedora de carros.

Em Florianópolis, os Lemos abriram casas de eventos, compraram mansões em Jurerê Internacional e um apart-hotel, o Venice Beach, onde viviam após os negócios não prosperarem e as casas serem penhoradas por bancos.

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