Polícia recebe denúncias sobre paradeiro de merendeira no RS
Já dura quase cinco dias o trabalho de buscas da Polícia Civil para prender a merendeira que confessou ter envenenado 38 pessoas, entre alunos e funcionários, em uma escola na zona sul de Porto Alegre (RS). Entre a segunda-feira e esta quarta, no entanto, denúncias chegaram à Delegacia de Homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) gaúcho, e dão pistas sobre o paradeiro de Wanuzi Mendes Machado, 23 anos.
"As informações anônimas ou não estão sendo checadas, mas até agora não conseguimos prendê-la", disse o reponsável pelo caso, delegado Cléber Lima. Wanuzi assinou sua confissão na semana passada, mas a prisão dela só foi decretada na última sexta. A defesa da merendeira não sinaliza que ela possa se apresentar por espontânea vontade.
Após o abalo gerado pelo envenenamento que hospitalizou crianças e funcionários, as aulas foram retomadas ontem na Escola Estadual Doutor Pacheco Prates. O reinício contou com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que pediu desculpas públicas pelo episódio.
A polícia já tem informações de que a Secretaria Estadual de Educação foi notificada sobre indícios de problemas no estado de saúde mental da merendeira, mas decidiu mantê-la na função. Em depoimentos, ex-colegas da mulher relataram que ela costumava enxergar fantasmas e esconder alimentos congelados embaixo de uma geladeira, com medo das "assombrações", no colégio anterior onde trabalhava. Os problemas provocaram a transferência dela para a instituição onde ocorreu o envenenamento.