Policiais militares presos no Rio serão soltos e podem voltar às ruas
Decisão beneficia policiais retidos em quartéis em todo o Estado; protestos fizeram PM cancelar folga da tropa
O comandante-geral da Polícia Militar no Rio de Janeiro, coronel Erir da Costa Filho, decidiu perdoar punições aplicadas por ele a policiais da corporação que se encontram presos em quartéis. Os PMs serão soltos e poderão voltar a trabalhar nas ruas. A menção à ocorrência será mantida na ficha funcional, mas agora sem consequências práticas. A decisão foi publicada na edição de 1º de agosto do Boletim Reservado da PM, documento distribuído só aos oficiais da corporação, como majores, tenentes e coronéis. Costa Filho fez elogios à atuação da PM na Jornada Mundial da Juventude e nas manifestações nas ruas do Rio. Os policiais que tiveram a prisão decretada pela Justiça serão mantidos presos. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo.
Na decisão, o coronel afirma que havia "um quadro desfavorável" em relação a desvios de conduta de PMs. Hoje, "ao analisar a moral da tropa", continua, houve "significativa redução dos índices de ocorrências". A PM no Rio tem um efetivo de 44 mil policiais. Procurada, a assessoria corporação não informou quantos policiais serão beneficiados. Com os eventos recentes e o acirramento das manifestações, as férias e folgas dos policiais foram interrompidas. "A medida se refere a casos de menor potencial ofensivo", disse a PM. A Secretaria de Segurança Pública não se pronunciou a respeito. Os motivos que podem levar PMs a ser detidos vão de faltas a envolvimento com traficantes ou jogo do bicho.