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Polícia

MG: PMs são presos por integrarem quadrilha de jogo do bicho

A operação “Camaleão” foi comandada pelo Ministério Público Estadual e Corregedoria da PM.

9 nov 2017 - 11h36
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A operação “Camaleão” foi comandada pelo Ministério Público Estadual e Corregedoria da PM.
A operação “Camaleão” foi comandada pelo Ministério Público Estadual e Corregedoria da PM.
Foto: iStock

Um major e um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais foram presos durante uma operação contra o jogo do bicho, em Belo Horizonte. Os dois repassavam informações sobre ações policiais e até investigações, além de tentar atrair colegas de farda para o grupo.

A promotora de Justiça, Cássia Virgínia Gontijo, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) explicou que a investigação do Ministério Público concluiu que os militares mantinham os demais membros da organização informados de operações e que, quando não eram informados previamente, cobravam dos policiais. “Eles informavam e eram procurados do por que teve a ação e por que não foram avisados”, disse a promotora.

Para que todos os mandados de prisão e de busca de todos os envolvidos fossem cumpridos a corregedoria da PM participou. Sobre o envolvimento dos militares, o coronel Márvio Cristo, corregedor da PM, confirmou que eles podem ser expulsos da corporação. “O que nós temos até agora é a comprovação desses dois policiais militares.” Eles estão presos em celas de batalhões diferentes na Região Metropolitana.

Além dos militares estão seis pessoas que são suspeitas de controlar uma centena de lojas na capital mineira e nas cidades de Betim e Igarapé. O grupo era conhecido por “Mil Loterias” e o lucro com os jogos de azar e além das mais de 100 máquinas caça níqueis apreendidas chegava a quase meio milhão de reais.

Policiais investigados

No início dessa semana, uma comissão foi definida para apurar a autoria e materialidade dos crimes contra a vida de civis, tentados ou consumados pelas forças de segurança durante a atividade policial. Um ato normativo assinado por todos os integrantes será elaborado em até 60 dias.

Treze promotores de Justiça recomendaram a criação do grupo que pretende estabelecer regras mínimas de atuação do Ministério Público no controle externo da investigação de morte decorrente de intervenção policial.

Também compõem a comissão procuradores, promotores, o presidente do Tribunal de Justiça Militar, Fernando Antônio Nogueira Galvão da Rocha, o comandante- geral da PM, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, João Octacílio Silva Neto e o advogado-geral do Estado, Onofre Alves Batista Júnior.

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Fonte: Especial para Terra
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