Por "indignidade", Richthofen é excluída da herança dos pais
A exclusão já havia sido determinada em decisão judicial de 2011. Apenas neste mês, no entanto, foi oficializada pela Justiça de São Paulo
Suzane von Richthofen foi oficialmente excluída da herança dos pais, avaliada em torno de R$ 11 milhões. A sentença do juiz José Ernesto de Souza Bittencourt Rodrigues, da 1ª Vara da Família e Sucessões, saiu no dia 12 deste mês e considerou a acusada "indigna” da partilha dos bens. Dessa forma, todo o patrimônio será transferido a seu irmão, Andreas Albert.
A exclusão foi determinada em decisão judicial de 2011. Apenas neste mês, no entanto, foi oficializada pela Justiça de São Paulo. "Uma vez transitada em julgado, a sentença deste Juízo que determinou a exclusão, por indignidade, da herdeira Suzane Louise von Richthofen, relativamente ao bens deixados por seus pais, ora inventariados, defiro o pedido de adjudicação formulado pelo único herdeiro remanescente, Andreas Albert von Richtofen", escreveu o juiz no texto.
Em outubro de 2014, Suzane já havia decidido abrir mão da disputa judicial que travava com o irmão pela herança da família. Em documento, ela informou que tinha interesse em retomar o contato com ele. A acusada está detida na Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo, onde se casou com a também detenta Sandra Regina Ruiz.
Crime premeditado
Suzane foi condenada a 38 anos e seis meses de prisão pela morte dos pais Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002. Os assassinatos foram planejados pela filha do casal e executados pelo então namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, e pelo irmão dele, Cristian Cravinhos.
Na véspera do crime, Suzane planejou a retirada do irmão Andreas de casa para deixar os pais sozinhos. O trio seguiu para a mansão da família e, como o planejado, os irmãos subiram e golpearam o casal com pauladas. Após o assassinato, Suzane e os comparsas tentaram simular um latrocínio – roubo seguido de morte -, com a subtração de itens da casa.
Desconfiada, a polícia investigou o trio que, poucos dias depois, acabou confessando. Presa desde então, Suzane recebeu em 2011 a notícia de que seria “indigna” de receber metade da herança dos pais, apontada como uma das principais motivações do crime. A ação foi movida pelo seu próprio irmão, Andreas.