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Polícia

Por "indignidade", Richthofen é excluída da herança dos pais

A exclusão já havia sido determinada em decisão judicial de 2011. Apenas neste mês, no entanto, foi oficializada pela Justiça de São Paulo

20 mar 2015 - 10h30
(atualizado às 10h35)
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Suzane von Richthofen foi oficialmente excluída da herança dos pais, avaliada em torno de R$ 11 milhões. A sentença do juiz José Ernesto de Souza Bittencourt Rodrigues, da 1ª Vara da Família e Sucessões, saiu no dia 12 deste mês e considerou a acusada "indigna” da partilha dos bens. Dessa forma, todo o patrimônio será transferido a seu irmão, Andreas Albert. 

Suzane foi presa em 2002 por participar da morte dos pais
Suzane foi presa em 2002 por participar da morte dos pais
Foto: Agência Estado

A exclusão foi determinada em decisão judicial de 2011. Apenas neste mês, no entanto, foi oficializada pela Justiça de São Paulo. "Uma vez transitada em julgado, a sentença deste Juízo que determinou a exclusão, por indignidade, da herdeira Suzane Louise von Richthofen, relativamente ao bens deixados por seus pais, ora inventariados, defiro o pedido de adjudicação formulado pelo único herdeiro remanescente, Andreas Albert von Richtofen", escreveu o juiz no texto. 

Em outubro de 2014, Suzane já havia decidido abrir mão da disputa judicial que travava com o irmão pela herança da família. Em documento, ela informou que tinha interesse em retomar o contato com ele. A acusada está detida na Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo, onde se casou com a também detenta Sandra Regina Ruiz.

Crime premeditado 

Suzane foi condenada a 38 anos e seis meses de prisão pela morte dos pais Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002. Os assassinatos foram planejados pela filha do casal e executados pelo então namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, e pelo irmão dele, Cristian Cravinhos.

Na véspera do crime, Suzane planejou a retirada do irmão Andreas de casa para deixar os pais sozinhos. O trio seguiu para a mansão da família e, como o planejado, os irmãos subiram e golpearam o casal com pauladas. Após o assassinato, Suzane e os comparsas tentaram simular um latrocínio – roubo seguido de morte -, com a subtração de itens da casa.

Desconfiada, a polícia investigou o trio que, poucos dias depois, acabou confessando. Presa desde então, Suzane recebeu em 2011 a notícia de que seria “indigna” de receber metade da herança dos pais, apontada como uma das principais motivações do crime. A ação foi movida pelo  seu próprio irmão, Andreas.

Fonte: Terra
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