Preso PM suspeito de matar ex e sequestrar filha em MG
Soldado Gilberto Novaes já havia ameaçado a ex-mulher Stephania Novaes e estava afastado do trabalho por problemas psicológicos
O Policial Militar suspeito de matar a ex-mulher Stephania Novaes e sequestrar sua filha de 4 anos foi preso em Belo Horizonte (MG) enquanto tentava adquirir uma carteira de identidade falsa. Segundo a corporação, o soldado Gilberto Novaes, de 35 anos, é o autor do assassinato de Sthefania Novaes na cidade de Santos Dumont, distante cerca de 200 quilômetros da capital.
O porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, major Flávio Santiago, informou que o suspeito será levado para um presídio militar, onde será mantido até seu julgamento.
A prisão do soldado ocorreu nove dias depois do crime. De acordo com a investigação, policiais à paisana seguiram Novaes até uma região popular no centro da capital mineira. Ele tentava obter documentos falsos e estava escondido num motel da cidade. A filha do casal, sequestrada pelo acusado, estava com ele no momento da prisão.
Parentes da vítima foram comunicados da prisão do PM e do paradeiro da criança, que foi atendida por uma equipe de psicólogos da Polícia Militar.
Ameaças e premeditação do crime
Stephania Novaes tinha 29 anos e desde janeiro estava separada do policial. Ela foi morta dentro de casa, no município de Santos Dumont, Zona da Mata mineira no dia 14 de abril.
Gilberto teria invadido a residência onde a ex-mulher estava com a filha do casal e o namorado. O PM teria invadido a casa quando o homem abriu a porta pensando se tratar da entrega de uma pizza. Uma tia de Stephania ainda teria tentado tirar a criança dos braços do pai logo após os disparos contra a vítima, mas não conseguiu.
Antes da morte de Stephania, Gilberto havia sido denunciado por agressão. Quatro boletins de ocorrência foram registrados contra o policial que chegou a ter a arma apreendida, além de ser proibido de se aproximar da ex-mulher.
No dia do crime, Novaes realizou uma série de saques em caixas eletrônicos e pegou emprestado o carro de um amigo, o que - de acordo com a polícia, aponta para uma premeditação do assassinato. O policial era lotado em Poços de Caldas e estava afastado de suas funções em razão de problemas psicológicos, informou o comando da Polícia Militar.
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